(imagem in Expresso)
Depois do escândalo, denunciado pela Imprensa, de que dezenas de ex-ministros que se sabe terem rendimentos principescos, recebem gordas subvenções do Estado, foi conhecida a intenção do governo de acabar com essas inqualificáveis e injustificadas benesses. Logo alguns constitucionalistas franziram o olho ao rigor da decisão.
São os investigadores da vírgula que se deleitam em discussões estéreis, porque em tempo de emergência, quando não há dinheiro para satisfazer as garantias que a Constituição possa dar, as quais nada têm a ver com justiça mas com o que nela quiseram que constasse, não será dela que vem o dinheiro para as satisfazer!
Em vez disso, em vez dessas preocupações delirantes, bem mais razoável será perguntar se alguma vez faria sentido que ex-governantes ou ex-deputados, só por isso, tenham direito a pensões vitalícias. Prestaram serviços à Pátria? Também os que combateram em Angola, em Moçambique, na Guiné ou seja onde for Lhe prestaram serviços nos quais perderam pernas e braços, ficaram surdos ou cegos, contraíram doenças ou perderam a vida, dádivas enormes que não mereceram, dos que se julgam a própria Pátria, a mesma consideração!
Que pretendem os constitucionalistas com os disparates que dizem? Porque insistem estes intelectuais de opereta na manutenção de uma Lei Fundamental em que sobrevivem preconceitos ultrapassados e se garante o que não é possível dar? Ainda não repararam que o país está de tanga e que os tempos, mesmo em todo o mundo, mudaram?
É bom que abram os olhos.
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