Tendo em conta as circunstâncias, não consigo afastar a ideia de que as empresas de notação financeira, as famigeradas empresas de rating, vão descendo as notações de quem lhes apetece a um ritmo aleatório mas constante, mesmo sem que tenham analisado as circunstâncias como lhes competiria fazer.
Ontem escutei com satisfação o presidente do BPI que, com muita clareza, as desacreditou e deduziu que os maiores prejudicados são os investidores que acabam por ser enganados pelo mau trabalho que elas lhes prestam.
Depois, o Presidente da Câmara de Lisboa passa-lhes, também, o mais claro diploma de incompetência ao fazer notar a incongruência da baixa de notação de Lisboa quando as sua situação financeira tem sucessivamente melhorado ao longo dos últimos anos.
Se a tudo isto juntarmos a lembrança de anteriores “feitos” destas empresas que teimam em querer comandar a economia mundial, como as excelentes notações atribuídas a gigantes falidos, só poderemos pensar que a única solução possível será ignorá-las como, aliás, os mercados também parecem já faze-lo. De facto, mesmo depois de tudo o que têm feito, Portugal conseguiu vender dívida nos mercados a juros que há muito não conseguia.
Há interesses duvidosos nestas atitudes de empresas às quais parece que ninguém consegue tirar o protagonismo que, como tudo parece demonstrá-lo, ganharem sem o merecer.
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