Volta
a falar-se muito do Brexit, sobretudo porque um forte braço de ferro se
aproxima, com as duas partes, a União Europeia e o Reino Unido, a dirimirem
razões que, cada um, vai julgar serem mais fortes as suas, numa maratona que
pode demorar muito tempo e sem resultados que deixem feliz qualquer das partes.
Os
ilhéus desenvolveram, ao longo de séculos, um espírito que talvez não seja o
mais adequado aos tempos de agora, quando o mundo se tornou mais pequeno e os
grandes problemas que enfrenta são cada vez mais comuns porque, sem fronteiras,
são de todos ao mesmo tempo.
Hoje,
povo algum consegue resolver os problemas sozinho, ao contrário do que pensa
Trump que quer o regresso da América à uma grandeza que ainda não explicou bem
qual fosse, mas que incita a nacionalismos agressivos e destruidores.
Talvez
pense o Reino Unido que, como alternativa à Europa, pode como que refazer um
Império como aquele que, durante muito tempo, lhe permitiu ser um mundo dentro
do mundo, mas que, creio, não passará de um sonho de que, em breve, acordará,
como dos seus sonhos acordaram todos os grandes senhores de impérios.
O
mundo está a organizar-se em grandes áreas, ou impérios, se preferirmos, cada
qual sob o domínio de velhos gigantes que se tornaram os novos conquistadores,
assim se formando monstros prontos para uma confrontação final, em vez de para a
cooperação da qual a sobrevivência da Humanidade depende e, por isso, perante a
degradação ambiental já causada, é absoluta e urgentemente necessária.
Ao
mesmo tempo, antigas pequenas nacionalidades querem refazer-se, desligar-se dos
impérios que as absorveram, como que num regresso às origens que os conquistadores
tentaram apagar da memória dos seus povos para engrandecer o seu poder pessoal,
o que, pelos vistos, não conseguiram e agora renascem e se tornam cada vez mais
determinados.
Será
como que o realizar do “small is beautifull” (o pequeno é belo), um estudo de
economia em que as pessoas contam, da autoria do inglês Schumacher, o que jamais
foi preocupação dos grandes “impérios”.
Não
tenho dúvida de qual dos modêlos, se uma “sociedade de nações” se um mundo de
potentados ambiciosos, seria melhor para o mundo para a recuperação das
condições de vida de que os humanos necessitam, em vez de se perderem nos
confrontos mortíferos e destruidores para os quais os cada vez maiores
problemas que criam lhes darão fortes motivos!
Não
será com o reforço de poderio militar, como o quer Trump, que se constrói a paz
de que todos necessitamos, porque outros poderios estão prontos para suster os
seus intentos.
Mas
poucas dúvidas me restam, também e infelizmente, de que a força bruta vencerá o
bom senso, fazendo com que a estupidez que lhe é própria se volte contra o
mundo inteiro e contra a Humanidade que verá acabado o seu tempo de passagem
pela Terra, tal como tantas outras espécies o viram, também, passar.
Sem comentários:
Enviar um comentário