ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

domingo, 30 de abril de 2017

UMA VEZ MAIS TRUMP E O CLIMA



Não sou um apaixonado por esses acordos minimalistas, tantos que eles já são, para reduzir os efeitos da actividade económica humana sobre o clima que, agora já sem dúvidas de qualquer espécie, apresenta alterações bem marcadas e que, temem os cientistas, podem, em breve, atingir uma situação irreversível e catastrófica.
A situação é demasiadamente grave para ser tratada com “paninhos quentes” e as decisões deveriam ser de modo a conduzir a atitudes drásticas que acautelassem os perigos enormes que nos esperam.
Os políticos andam nisto, neste fingimento de preocupação há muitas dezenas de anos e houve, até, uma reunião que, reconhecida a gravidade da situação, se chamou a Cimeira da Terra. Aconteceu no Rio de Janeiro em 1992 e deveria ser o momento de viragem da atitude da Humanidade que, descuidadamente, destruía o Ambiente de que necessitava para continuar a existir.
Aconteceu 20 anos depois da primeira conferência sobre Ambiente, em Estocolmo em 1972.
A partir de então, a importância da situação assim o justificava, passaram a realizar-se conferências anuais organizadas pelas Nações Unidas, nas quais se discutem os efeitos das alterações climáticas e medidas para as combater. Chamadas COP, sigla que significa conference of the parties (Conferência das Partes), reúnem todos os anos os 195 países que assinaram e ratificaram a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.
A partir da Cimeira do Rio, o sistema climático foi reconhecido como um recurso pertencente a todos e cuja estabilidade pode ser afectada por actividades humanas.
Em Novembro de 2015 teve lugar, em Paris, a 21ª COP, da qual saiu o famoso ACORDO DE PARIS que tem por objectivo controlar as emissões de gases com efeito de estufa, de modo a não exceder um aumento de 2ºC acima da temperatura média anterior à era industrial, a qual, neste momento, se encontra já 1ºC mais elevada.
É evidente que nunca acreditei nas decisões tomadas. Foi isso o que escrevi por mais de uma vez e hoje repito porque estou convencido de que pouca gente está consciente dos perigos que corre e, sobretudo, dos perigos a que deixa expostos os seus filhos.
Também não acredita Trump, mas por outras razões, que começou por considerar o acordo de Paris como uma artimanha da China para prejudicar a actividade económica dos Estados Unidos e, por isso, iria rasgá-lo!
Agora, passados 100 dias após a sua tomada de posse, reconhece que governar um país como seu não é o mesmo que fazer os seus negócios do costume, porque se trata de algo bem mais sério. Mas considera estes 100 dias, na verdade apenas preenchidos por polémicas, muito produtivos e afirma agora que, afinal, vai manter-se no Acordo de Paris que pretende renegociar porque tolhe a actividade económica (mas que surpresa! O homem é mesmo inteligente) e beneficia o maior poluidor, a China!
Enfim, não creio que valha a pena falar mais disto porque, como é dos livros, só vai aprender quando bater com a cabeça na parede.
O pior é que bateremos todos, mesmo os que já entenderam.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

POR ONDE ANDAM AS NOTÍCIAS?



O barril do brent sobe, o barril do brent desce, tal como as bolsas de valores; os preços sobem 1,9% na Europa onde, ao contrário, desce a produção, o BCE continuará a injectar dezenas de milhares de milhões de euros no mercado e a comprar dívidas de países a juros baixos para que a economia arranque; o Estado tem a seu cargo já mais de 6 milhões de pessoas e a população activa não chega bem a 5 milhões; Trump admite numa guerra feia com a Coreia do Norte; no Brasil, naquele país que tem tudo para ser maravilhoso, vive-se cada vez pior e com mais medo; por dia morrem milhares de pessoas à fome; a Caixa, o banco público que leva um certo tipo de modernidade e comodidade a todas as zonas do país vai agora deixar de estar em muitas delas onde há reformados idosos que terão de se deslocar distâncias enormes para receber a sua pensão…
É de notícias assim e de outras não melhores que está cheia a Comunicação Social de hoje e também estava a de ontem, a de ante-ontem e mesmo a de antes, pois, para além de uma que me diz que é óptimo para a saúde comer bananas com casca (brrrrrrr), não vejo mais do que desgraças.
E até, contrariando um princípio sagrado do jornalismo, quando um cão morde em alguém passou a ser notícia e, infelizmente, uma notícia frequente, não me lembrando eu de alguma ser um homem a morder num cão.
Neste entendimento de não ser notícia o que é vulgar acontecer, eu diria que deixou de haver notícias porque as desgraças se tornaram um lugar comum, naquilo que nós sabemos que acontece a cada instante, neste mundo que não vai, assim, por bons caminhos!
Não sei se será novidade, por isso notícia, que o Tempo voltou aos tempo em que acertar nas previsões era quase milagre e raramente nos permitia acertar no tipo de roupa que devíamos usar o de devíamos levar connosco o guarda-chuva.
E querem fazer-me crer de que vamos no bom caminho?

quinta-feira, 27 de abril de 2017

AS “VERDADES” DE TRUMP



A falta de sensibilidade de Trump voltou a mostrar-se quando considerou excessivas as zonas terrestres e marinhas protegidas, o que, uma vez mais, ele considerou prejudicial à economia americana.
Desta vez não é uma cabala dos chineses mas um atestado de burros que um ignorante passa aos Homens de Ciência do seu país.
Saberá Trump o que seja a biodiversidade e a sua importância para a vida do próprio Homem?
E vivam os “self made man” idiotas!
A propósito eu não sabia que nos Estados Unidos os eleitos ou designados para cargos públicos não eram obrigados a mostrar as suas declarações de impostos, pois Trump recusa mostrar a sua. Pelo menos assim o diz a imprensa onde li que era assim.
O Homem pode ser um bom negociante, um pato bravo bem sucedido, mas da Terra e da vida que nele existe não percebe a “ponta de um chavelho” e, mais do que isso, crê que são burros aqueles que lutam pela indispensabilidade de deixar para os outros seres, aqueles que, connosco, equilibram a vida no nosso planeta, espaço bastante para poderem viver também. O que já não acontece em muitos lugares da Terra onde foi levada longe demais a ganância que causa os desequilíbrios que cada vez mais se notam neste mundo em que vivemos.
Preocupam-me as idiotices de Trump porque, a serem realizadas, porão em causa todo o mundo pelos desequilíbrios que reforça e não podem ir mais além sob pena de uma “resposta” mais dura da Natureza que, por certo, excluirá dentre as suas espécies aquela que a desequilibra.
Será que os americanos se revêem nesse homem arrogante, ambicioso e sem maneiras que escolheram para presidente ou a sua democracia será capaz de desfazer a tempo, a burrice que fez?

quarta-feira, 26 de abril de 2017

VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA? EU DIGO SIM!



A sessão de ontem do Prós e Contras na RTP que tratou desse assunto candente que é questão da vacinação, que um inesperado surto de sarampo está a provocar, permitiu tirar conclusões claras, apesar das confusões que um ou outro “pseudo-entendido” tenha tentado criar com conversas complicadas, difíceis de entender pelas montanhas de estudos que invocam e as estatísticas que apresentam, deixou bem clara a vantagem da vacinação, utilizando aquelas vacinas bem testadas, sempre que não haja razões particulares que as não recomendem ou, até, as impeçam, o que dependerá da apreciação que o médico faça em cada caso.
E mais uma vez se coloca a questão da liberdade ou das liberdades como tantas vezes ouvi o Cunhal dizer.
Devem, neste casos de saúde pública, os direitos privados sobrepor-se aos da sociedade?
Penso que é um dos muitos casos em que a resposta não causa engulhos por tão evidente que é.
Felizmente que a situação em Portugal não é de modo a causar grandes alarmes porque cerca de 97% da população estará protegida, ou porque teve o sarampo (como eu tive há muitas dezenas de anos) ou porque se vacinou.
Mesmo assim há riscos que a vacina pode evitar como o daquela infeliz adolescente que morreu de sarampo ou das complicações que pode provocar, por não estar vacinada.
É uma enorme responsabilidade a dos pais que têm de tomar esta decisão pelos seus filhos, tanto por eles como pelos efeitos que a sua decisão pode causar na sociedade.
Faz pena que alguns médicos contribuam com atitudes impróprias em relação à saúde pública que lhes compete proteger e cuidar.

terça-feira, 25 de abril de 2017

“UN” MENINO TRAVESSO



Infelizmente, regularmente surgem notícias de crianças que, nas suas brincadeiras e porque, por alguma razão, uma arma lhes veio parar à mão, acabaram por matar um irmão ou um amigo.
Uma desgraça depois muito chorada pelos que não tiveram os cuidados que poderiam evitar tal situação, para além do terrível trauma com que a criança terá de viver a vida inteira.
Melhor será, pois, evitá-lo, tirando a arma do alcance do menino. Porque, depois do mal feito, não há como remediá-lo!
Parece-me um caso assim o que se passa com a Coreia do Norte onde um “menino” encontrou a tal arma e, numa brincadeira de mau gosto, ameaça com ela matar toda a gente, começando pelos estados Unidos que varrerão da face da terra.
Estes acidentes acontecem quando se não acautelam e deixar o menino continuar com a “brincadeira”, pode, mesmo, matar alguém. Não sei quais são os cuidados que a China recomenda aos Estados Unidos que se propõem resolver a questão antes que piore a situação, nem do que, com eles, a China espera.
Parece que todos gostam de ter o seu rafeiro de estimação, aquele que chateia e, permanentemente, ameaça morder.
Assim faz Putin com Al-Assad da Síria e a China com Kim Jong Un, o menino travesso que herdou uma Coreia do Norte onde muita gente morre de fome porque os auxílios que recebe nem são demais para gastar nas suas brincadeiras.
E, como diz o povo, parece estar prestes a juntar-se a fome com a vontade de comer!
Uma esquadra americana, integrada por um porta-aviões nuclear, vai aproximar-se da Coreia do Norte quando esta se propõe lançar mais um míssil que talvez seja o tal com o qual diz poder afundar o poderoso vaso de guerra americano com um só ataque.
São diversos os podres desta Terra, demasiados os disparates desta Humanidade que parece estar farta de existir.
As consequências podem ser funestas e cada vez mais à medida que o tempo passa.