A
televisão tem modas. Como as tem a “moda” que se exibe em passerelles com o que
ninguém em seu perfeito juízo ousaria vestir na sua vida diária.
Por
exemplo, não imagino alguém a passear-se no Rossio, sentada à mesa de uma casa
de chá ou, mesmo, na recepção de uma Embaixada, exibindo as mamas apenas
cobertas apenas por um tule bem transparente…
Mas,
como diria a Teresa, isso agora não interessa para nada! Nem mesmo falar
daqueles outros programas mais ousados e de não mais qualidade do que as “janelas de Amesterdão”, dos
quais ela foi percursora em Portugal.
Prefiro
falar daquela moda tão na moda que são os programas de culinária que, apesar de
vindos de todo a parte do mundo, todos mostram a mesma coisa, comida
confeccionada do mesmo modo, uma cozinha internacional, cara e perdulária, com
a qual creio que ninguém se alimenta todos os dias e menos de 1% da população
mundial alguma vez provou ou provará.
Dias
há, nos quais até parece não haver canal que não esteja a exibir um programa
desses.
Fazem-me
lembrar os que, talvez por não terem uma vida que valha a pena, através das
revistas cor-de-rosa se embriagam com o que nelas se diz da suposta vida de
outros e daqueles que já não há cirurgia estética que remende.
Programas
de fantasia que não ensinam nada de bom, seja a quem for.
Mas
nestes programas de ilusão, onde se vêem despensas cheias do que muita gente no
mundo nunca viu ou raramente vê, o que deve ser a doença mais grave deste
mundo, a fome absoluta, uma epidemia que atinge milhares de milhões de seres
humanos e, por isso, é a maior causa de morte em todo o Planeta, eu sugiro que,
à semelhança do que foi determinado para os maços de tabaco que tão mal fazem à saúde, também num canto
desses programas fossem exibidas imagens que nos lembrassem o crime que
cometemos com tantos desperdícios que poderiam evitar o horror da fome a tanta
gente!
Lá
no cimo sugiro uma.
Estou 1000% de acordo!!!
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