Não
me parece que o mundo siga por bons caminhos.
Dia a dia, maiores são os problemas criados, maiores as dificuldades
que enfrentamos e menos são os meios de que dispomos para os resolver, para evitar que
sejam mais e maiores, ainda.
Até,
mesmo, aquilo que julgávamos afastado para sempre, a guerra em grande escala,
parece querer acontecer, desta vez com meios que dela podem fazer a última.
Infelizmente
e como se tornou hábito, passamos do oito para o oitenta, da cómoda sensação do
deixar andar, na esperança de que o tempo resolva, para a precipitação de que
podemos resolver tudo de uma assentada, julgando que, depois, tudo ficará bem,
apesar das vezes que, até bem recentemente, a realidade nos mostrar não ser
assim. Pelo contrário.
A
Humanidade que tanto invoca o “meio” onde, diz, está a virtude, parece não a
conhecer de facto e, muito menos, a sabe praticar.
Não
fico admirado que, depois de tantos excessos praticados neste mundo de dor
onde, diz a Bíblia, expiamos o “pecado” da desobediência a que a ambição nos levou,
a exiguidade que os excessos causaram não poderia deixar de causar um clima de
tensão entre os que vêem o seu “muito” reduzir-se e querem recuperá-lo e
aqueles que, por nunca o terem, se julgam no direito de o ter, também.
O
que agora se passa no mundo faz-me pensar nas barbaridades de que a História me
falou dos tempos de outrora, os quais começam a perecer-me dias dourados perante
as monstruosidades de que, todos os dias, me dão notícia.
É
por tudo isto que temo os horrores das duas guerras que nos poderão trucidar, a
que travamos contra a Natureza que não respeitamos e a que nos pode lançar uns
contra os outros, numa demonstração de estupidez de que qualquer outro ser vivo
não é capaz!
É
próprio do tempo que vivemos o diálogo subtilmente violento de Trump que diz
que a América deve reforçar a sua capacidade nuclear até o resto do mundo
ganhar juízo e de Putin que lhe mostra o maior míssil balístico de todos os
tempos, capaz de destruir um país do tamanho da França!
Se Trump mostrou que estava decidido a quebrar os compromissos de contenção nuclear assumidos, Putin mostrou que já os havia quebrado.
Se Trump mostrou que estava decidido a quebrar os compromissos de contenção nuclear assumidos, Putin mostrou que já os havia quebrado.
É
um autêntico Armagedão em marcha.
Mas
quem sabe se a inteligência do Homem ainda será capaz de, finalmente, se impor
aos disparates que pratica, salvando-nos do castigo que, pelos erros que
praticamos, sem dúvida merecemos.
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