ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

POR ONDE ANDAM AS NOTÍCIAS?



O barril do brent sobe, o barril do brent desce, tal como as bolsas de valores; os preços sobem 1,9% na Europa onde, ao contrário, desce a produção, o BCE continuará a injectar dezenas de milhares de milhões de euros no mercado e a comprar dívidas de países a juros baixos para que a economia arranque; o Estado tem a seu cargo já mais de 6 milhões de pessoas e a população activa não chega bem a 5 milhões; Trump admite numa guerra feia com a Coreia do Norte; no Brasil, naquele país que tem tudo para ser maravilhoso, vive-se cada vez pior e com mais medo; por dia morrem milhares de pessoas à fome; a Caixa, o banco público que leva um certo tipo de modernidade e comodidade a todas as zonas do país vai agora deixar de estar em muitas delas onde há reformados idosos que terão de se deslocar distâncias enormes para receber a sua pensão…
É de notícias assim e de outras não melhores que está cheia a Comunicação Social de hoje e também estava a de ontem, a de ante-ontem e mesmo a de antes, pois, para além de uma que me diz que é óptimo para a saúde comer bananas com casca (brrrrrrr), não vejo mais do que desgraças.
E até, contrariando um princípio sagrado do jornalismo, quando um cão morde em alguém passou a ser notícia e, infelizmente, uma notícia frequente, não me lembrando eu de alguma ser um homem a morder num cão.
Neste entendimento de não ser notícia o que é vulgar acontecer, eu diria que deixou de haver notícias porque as desgraças se tornaram um lugar comum, naquilo que nós sabemos que acontece a cada instante, neste mundo que não vai, assim, por bons caminhos!
Não sei se será novidade, por isso notícia, que o Tempo voltou aos tempo em que acertar nas previsões era quase milagre e raramente nos permitia acertar no tipo de roupa que devíamos usar o de devíamos levar connosco o guarda-chuva.
E querem fazer-me crer de que vamos no bom caminho?

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