Parece
tudo estar incerto. Como o tempo que tão depressa parece ser Verão como,
depois, mostra saudades do Inverno.
O
tempo da regularidade passou e tornou-se impossível aquela atitude normal de, a
certa altura do ano, empacotar e arrumar cuidadosamente a roupa quente porque,
agora, é de roupa fresca que preciso. Ou o contrário.
Depois
do dia de Verão que ontem vivemos e me fez sentir bem a jantar na esplanada,
hoje acordei que fortes e ruidosos golpes de vento que pareciam querer
arrancar-me a janela do quarto e a temperatura deu uma queda daquelas.
Em
vez de um sol radioso vejo um dia acinzentado que me faz prever que mais escuro
vai ficar.
E
dizem os especialistas do tempo que a temperatura vai cair ainda mais, para,
depois, voltar a subir. E, depois, sei lá eu ou sabem lá eles o que passará
pela cabeça dos chineses que, diz Trump, criam estas manobras de diversão para
acreditarmos nas alterações climáticas que prejudicam a economia americana.
Os
disparates que ouvimos serão para rir ou para chorar?
Mas
será melhor não me meter nestas discussões dos homens do poder, que até podem
ser uns ignorantes mas são eles que mandam… Em quê?
Serão?
Também não sei.
E,
por isso, não sei o que vai acontecer, se a América repetirá os bombardeamentos
com pré-aviso na Síria, se vai reduzir a cisco a Coreia do Norte, ou se Trump,
ao contrário de tudo o que se pensa, não será o génio de que o mundo precisava
para o meter na ordem, sem necessidade de reforçar o arsenal nuclear!
Aliás,
nem sei para que, se já existem a “mãe e o pai de todas as bombas”, se os
russos tem um super foguetão capaz de destruir um país inteiro de uma só vez e
Kim Jong-Un diz ser capaz de enfrentar qualquer força, por mais forte, que o ataque.
Se
uma pequena bomba nuclear fez o que fez em Hiroshima, o que farão estes
brinquedos ao mundo inteiro?
Melhor
é combinar que, depois do “jogo”, quem ficar conta a história.
Por
isso já quase desisti de pensar nestas coisas, limitando-me a viver o dia a dia
nesta parte final da longa vida que já levo, durante a qual vi acontecer as
coisas mais estranhas e inesperadas, num planeta cuja população mais do que
triplicou!
A
verdade é que este já não é o mundo em que nasci, ainda que seja o mesmo
planeta onde despertei para a vida e onde, decerto, esta acabará. Não sei é como...
E
divirto-me a ouvir os oráculos que esta vida fez aparecer aos milhares, ou
milhões até, cada qual com as suas previsões de futuro. E eu fico sem saber
qual deles acontecerá, porque não sei aquelas coisas estranhas que eles dominam
na perfeição e lhes permitem aqueles discursos cabalísticos, ainda que, depois,
nada aconteça como previram. Para o que logo encontram uma explicação.
Obviamente!
Então…
que o digam o Trump, o Maduro, o Kim Jong-Un, o Putin ou Xi Jinping, sei lá,
se, por acaso, o sabem dizer.
Mas
não sabem, com certeza, e é isso o que mais me preocupa.
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