Eu entendo que eram absolutamente necessárias medidas de emergência perante um cenário de catástrofe financeira como o que o anterior governo nos deixou. Mas entendo, também, que medidas de emergência não podem ser mais do que medidas de recurso que, o mais rapidamente possível, devem ser substituídas por medidas mais pensadas e com visão de futuro. O défice de Portugal ficará, este ano, abaixo dos 5,9% imposto pela Troika. O primeiro ministro afirma que se ficará pelos 4,5%. Mas a dívida continuará elevada.
O défice pode ser corrigido com medidas de emergência mas a dívida não. E é por isso que se tornam urgentes medidas de desenvolvimento económico que contrariem o efeito recessivo das medidas de austeridade que as circunstâncias nos impõem e das quais, infelizmente, não há como nos livrarmos.
Já me insurgi contra as portagens excessivas na A23 – outras haverá que se possam queixar pelas mesmas razões – que vão no sentido inverso do que seria o do desenvolvimento do atrofiado Interior de Portugal! Não me parece uma medida certa nem justa. Deveria poder enquadrar-se nas que promovem o desenvolvimento e não nas que o espartilham.
Deste modo a situação das deslocações dentro do país fica assim: ao longo do litoral, as alternativas são diversas quer em auto estradas quer em estradas nacionais não portajadas mas, para o Interior, a alternativas são poucas, más e, por vezes, nenhumas e terá de se pagar mais caro!
Parabens ao inteligente que tomou esta decisão! Creio que merece, como nos meus tempos de instrução primária, umas orelhas de burro e ficar virado para o canto durante toda a aula!
Sem comentários:
Enviar um comentário