ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A PROPÓSITO DA A23

Falar de interioridade é, em Portugal, falar do fim do mundo ou de um Portugal de segunda que outro proveito não tem para além dos impostos em cujo pagamento não tem distinção.
Como se pensará fazer o seu desenvolvimento sem condições como as que foram dadas aos Açores e à Madeira por conta da sua insularidade?
É um Portugal perdido que se despovoa dia a dia porque não oferece condições de vida nem segurança adequadas. É, por isso, um Portugal cada vez menos produtivo, com recursos inaproveitados.
Agora, com as condições de acessibilidade agravadas de um modo nitidamente excessivo que faz da A23 a auto estrada mais cara do país, as condições vão, por certo, piorar porque as pesadas portagens agravarão os custos do que no Interior se produza, bem como tornarão mais caros os bens ao Interior destinados!
Mesmo em tempo de crise ou sobretudo em tempo de grandes dificuldades, os fatores de desenvolvimento não podem ser esquecidos e muito menos podem ser acrescidas dificuldades ao que já é difícil.
Não foram dadas ao Interior as condições para defesa dos seus interesses como as que aos Açores e à Madeira foram concedidas. Os seus deputados não são, de facto, quem os defende e, muitas vezes, nem sequer sabem quais sejam os seus interesses ou os seus valores.
Sempre entendi as SCUT como um erro que se viria a pagar muito caro, mas nunca esperei que a “solidariedade nacional” que tanto tem explorado o Interior viesse algum dia a tomar a forma de uma agressão tão dura como o são os valores cobrados para viajar na A23!
Um erro gravíssimpo do governo de Passos Coelho.

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