ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O CINISMO DO POLITICAMENTE CORRETO!

Eu não o escutei diretamente, mas já li e ouvi que Passos Coelho terá aconselhado os professores sem emprego a emigrar porque há muita falta de professores em diversos países de língua portuguesa. Foi um conselho, uma sugestão? Não sei. O que o homem foi dizer, Santo Deus, neste país de cínicos politicamente corretos que preferem ser enganados a ouvirem as verdades. Portugal sempre foi um país de emigrantes porque, pequeno, bastante povoado e mal gerido como tem sido, os portugueses tiveram de se ir espalhando pelo mundo onde constituíram colónias por vezes muito numerosas e onde têm mostrado o valor que parece não terem na sua Terra. Será correto um primeiro ministro aconselhar os seus concidadãos a emigrarem? Se o país não tem, de momento, condições para proporcionar trabalho a todos, a emigração sempre foi a solução. Os portugueses sabem-no bem. Ainda para mais, numa profissão em que os educandos são cada vez menos e os educadores cada vez mais, quais serão as soluções? Para mim haverá duas, mudar de profissão ou emigrar! Era o que eu faria. Ao contrário de mim muita gente pensará que se deveriam inventar escolas e alunos ou até, que o primeiro ministro deveria dizer: esperem umas dezenas de anos porque nós vamos adoptar uma política de repovoamento do país e, então, teremos mais alunos e precisaremos de mais professores! Que idiotice. Pode parecer duro falar assim e até o é para aqueles que se vejam nestes apuros, mas se o país não tem como garantir trabalho a todos e, pelo contrário, o desemprego ainda poderá aumentar, qual solução o governo poderá tirar da manga como um mágico tira um coelho da cartola? Governar não é magia e, nem sequer, a ilusão, em que anteriores governos nos (des)governaram. Andámos anos e anos a ouvir um primeiro ministro a criticar o “discurso da tanga”, chegando a afirmar que parecia que apenas ele puxava pelo país. Os resultados estão à vista. O socialismo, para fazer crer que o é, exauriu os recursos financeiros do país que hipotecou, deixando para as futuras gerações pagarem as pesadas dívidas que contraiu. É tempo, mais do que tempo de a linguagem política não ser a politicamente correta para passar a ser a linguagem da verdade, para que as circunstâncias nos não apanhem desprevenidos. Deveríamos era perguntar que governos foram os que, sempre com linguagem e atitudes politicamente corretas, deixaram o país ficar com falta de médicos, com um tremendo excedente de professores e, no final de tudo isto, sem dinheiro? Os médicos, aos quais os contribuintes pagaram a formação, fazem greve contra o povo que lhes paga, os maquinistas da CP fazem greve contra o povo que quer deslocar-se para trabalhar ou seja para o que for e os eternos do contra agitam-se para clamar contra um primeiro ministro que utilizou uma linguagem de verdade. Não será por isso que o criticarei porque é de verdade que necessitamos. Mas ganhámos este mau hábito do faz de conta e preferimos o politicamente correto. Se fazer greve enchesse barrigas...

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