Ontem
ouvi discutir bastante dois assuntos que não pude deixar de relacionar: a tal
“bolsa VIP” das Finanças e a apreciação de crimes cometidos por um
Primeiro-Ministro no desempenho das suas funções.
Obviamente,
a negação da existência da bolsa VIP seria de esperar mesmo que exista, assim
como a melhor forma de o sindicatos dos trabalhadores das Finanças justificar
as “investigações” que foram feitas à vida pessoal de Passos Coelho, da qual se
ouvia falar há já algum tempo, seria dizer que ela existe, mesmo que não exista!
Obviamente,
nem uns nem outros me convencem com o que dizem e a oportunidade em que certas
informações do foro pessoal de Passos Coelho são reveladas, mesmo tratando-se
de actos vulgares na vida dos cidadãos e não puníveis por qualquer lei é, para
mim, mais uma prova da intenção política com que isto acontece, em ano de
eleições.
Mas
se existe uma discriminação na apreciação dos actos supostamente ilícitos
cometidos por quem ocupe determinados cargos, o de Primeiro-Ministro por
exemplo, porque não haver, também, um tratamento especial no acesso a
informação pessoal que possa criar situações como esta, enquanto o desempenho
das funções se mantiver para evitar confusão desnecessária? Não deveria ser,
igualmente, um tribunal superior a julgar?
Que
me interessa a mim, um cidadão politicamente independente, que alguém tenha
tido percalços na sua relação com as finanças se os regularizou nas condições
previstas na lei, não prejudicou o Estado e, portanto, me não prejudicou a mim?
Tudo
isto apenas serve para tentar criar factos irrelevantes aos quais se pretende
dar natureza política que afaste as atenções dos assuntos importantes que
deveriam ser o tema central de uma campanha eleitoral que começou antes do
tempo.
Tudo serve para criar a confusão em que uns se podem safar e outros não.
Sei que não é assim que se prepara um futuro melhor. Mas é assim que se conquistam tachos!
Sei que não é assim que se prepara um futuro melhor. Mas é assim que se conquistam tachos!
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