ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 11 de março de 2015

POLÍTICA OU REALIDADE?


Quando tal se proporciona, presto atenção àqueles programas das Comissões Especializadas da Assembleia da República quando interrogam personalidades das quais desejam explicações.
Hoje foi o dia de ouvir o que tinham a perguntar ao Ministro da Saúde e as respostas que ele daria, o que me pareceu que seria muito interessante pelo que, sobre a saúde, ultimamente se tem dito.
Naturalmente, ia o ministro preparado com a informação necessária para as perguntas previsíveis. Valores, números, estatísticas que mostravam a evolução no domínio da saúde ao longo dos últimos anos.
Do outro lado estavam as críticas dos que dizem ter este governo destruído os Serviços de Saúde, nas quais esquecem, naturalmente, as dívidas monstras antes acumuladas, a corrupção e os roubos numa área tão sensível que não poderia deixar de se ressentir com tudo isso. Dívidas que estão a ser reduzidas com o dinheiro que todos temos de pagar e crimes cuja investigação e julgamento nos custam bem caro, também.
Curioso foi o que disse uma deputada, daquelas para quem apenas o dizer mal conta: ó senhor ministro, deixe-se de explicações com números e questões técnicas e vamos é discutir politicamente este assunto, pois toda a gente sabe que… e desfiou os chavões das suas “verdades”, aquelas que a oposição radical propala sem a menor intenção de analisar seriamente seja o que for, porque considera que “estar contra” é a sua mais autêntica função!
Bem diferente do que eu penso, pois esperaria, daqueles a quem também pago, trabalho, seriedade e soluções para os problemas, em vez das discussões em que se perdem.
Assim, entre as explicações que o ministro deu e as críticas em que a oposição insistiu, ficou uma frustrante sensação de inutilidade ou, mais até, de uma inconsciência profunda da urgência de resolver os problemas que sentimos, utilizando os meios que temos.
E ficou perfeitamente claro o que é uma discussão política, um entendimento que dá razão ao que tantas vezes tenho dito: política é a arte de fazer crer que é o que daria jeito que fosse.


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