Quando
parecia que o Caso Marquês tinha caído no esquecimento porque a CMTV deixou de
o poder acompanhar e os advogados de Sócrates já não falam tanto como falavam,
sei lá se por já não terem as certezas que diziam ter de não haver provas e
muito menos acusação, eis que surge a seguinte notícia (Expresso):
“A procuradora-geral
da República já escolheu o procurador do Ministério Público que vai acompanhar
a investigação e fazer o julgamento de José Sócrates, o ex-primeiro-ministro
suspeito de corrupção, branqueamento de capitais e evasão fiscal.”
Isto
apenas pode significar que haverá julgamento e, logo, acusação, a tal para que
não havia provas.
Não
conheço Sócrates de lado algum e nem sequer alguma vez o vi de perto a não ser
numa reunião de professores numa Universidade onde eu leccionava, na qual nem
imagino o que estaria a fazer. Talvez por isso entrou mudo e saiu calado…
Não
tenho, por isso, razões para preconceitos quanto à sua culpa ou inocência nos
crimes pelos quais o fizeram suspeito.
Mas
esta notícia atenuou um pouco a intranquilidade que sentia por causa de um
processo cuja complexidade as notícias deixavam bem evidente e tantas
explicações de tanta gente, sobretudo do advogado de Sócrates, mais não faziam
do que baralhar.
Teria
a Justiça portuguesa razões para o que fazia ou estaríamos na iminência de a
ver enxovalhada?
Será
Sócrates o “bandido” que a investigação conhecida faz crer que seja ou não
passará de um pobre inocente a quem a maledicência estragou a vida?
Continuo
sem saber o que ele seja, mas se vai haver um julgamento, ou vários até, fico
tranquilo porque a Justiça estará a fazer o que lhe compete.
Nem
quero imaginar o que seria se, num país onde tanta coisa esquisita tem
acontecido no âmbito de outros poderes, a Justiça também ruísse.
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