Na
Assembleia da República Portuguesa, onde há deputados eleitos em nome de
partidos que têm nos seus programas, como preocupações essenciais, a preservação do Ambiente
(PEV) e o respeito pela Natureza de que as pessoas fazem parte (PAN), seria de esperar, em momento tão decisivo para o futuro da
Humanidade das quais a Conferência de Paris sobre as alterações climáticas é prova, ouvir deles intervenções esclarecidas e determinadas sobre a
necessidade de travar este processo de auto-destruição que, como é hoje
generalizadamente entendido, o crescimento económico contínuo e excessivo,
sustentado pelo consumismo, provocou.
Em
vez disso, o PEV desde há muito que perdeu a sua identidade, se a teve alguma
vez, para ser uma mera extensão do PCP que, deste modo, dissimula o seu nome em
eleições, aumenta o número de deputados na AR e estende o tempo total de
intervenção no parlamento.
Jamais
me dei conta de este estranho partido fazer da defesa do Ambiente a sua
preocupação maior e, nem sequer, conheço as suas propostas ou posições neste
momento de decisões importantes e, porventura, definitivas para o futuro do
mundo. Limita-se a seguir o “patrão” no seu esquerdismo tacanho e bolorento,
por mais generoso que pretenda ser, sem fazer ideia de quais sejam os problemas que o desejado acréscimo de consumo
que o programa de governo que apoia poderia gerar se fosse alcançado.
Quanto
ao PAN que, no seu programa, chama a atenção para o lugar que o Homem não tem
sabido ocupar na Natureza a que pertence, não deu, ainda, provas da sua
capacidade de intervenção mas, por algumas posições que tem tomado e pela
falta de afirmação dos seus princípios, não parece ser o partido esclarecido
que, nas circunstâncias, seria bom que fosse.
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