Ficou, finalmente, constituída uma maioria que se propõe mudar Portugal.
Sem me deter em pormenores ideológicos, àcerca do que muito teria para dizer, mudança essencial será dar à política uma transparência que contraste com a forte opacidade que um conjunto de políticos, estranhos como o pós 25 de Abril nunca antes vira, lhe conferiu.
Honestamente, diversos episódios que a comunicação social relatou ao longo dos últimos anos do governo de Sócrates fizeram-me lembrar velhos tempos em que havia uma “verdade” e tudo o mais era “contra a nação”.
Sinceramente, temo que sérios disparates possam perturbar a paz e a cooperação de que o país precisa para levar de vencida as dificuldades. Mas espero que assim não suceda porque a Grécia é a perspectiva horrenda de um futuro agitado e com dificuldades que nenhum português sensato deseja.
Mentirosos, prepotentes, malhadores e ressabiados, há-os muitos por aí. Arranjaram e arranjam as mais estafadas desculpas para as burradas feitas, deram e dão as mais confusas explicações para inexplicáveis atitudes, encobriram e tentam continuar a encobrir decisões e situações gravíssimas com optimismos sem sentido que todas as revelações já denunciaram.
Portugal precisa, para além da maioria do governo, de uma maioria sólida em que o PS deverá participar sem reservas, nem sequer aquelas que, mais do que nas entrelinhas, alguns “socráticos” vão antecipando.
Quanto às demais propostas, para as quais renegar as dívidas contraídas seria a solução, apenas fariam algum sentido em países como Cuba ou Coreia do Norte, já que nos mentores da economia de Estado, a desintegração do regime ou a sua adaptação a economias abertas foi a consequência de uma filosofia de vida sem futuro que, decerto, não desejamos.
Felizmente, a maioria sensata do PS foi capaz de travar uma atitude sem sentido com que a “parte derrotada” pretendia atrasar um processo de recuperação que se pretende e necessita célere.
Para bem de Portugal, espero que seja capaz de regressar o PS sensato de que o país necessita.
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