ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

A PRIMEIRA LIÇÃO

Cedo se percebeu que Fernando Nobre não havia sido uma boa escolha de Passos Coelho.
Não era este o lugar de quem se candidatou à Presidência da República como um político independente e crítico de um “regime” que não aprecia.
Depois da vitória de Passos Coelho sem maioria absoluta, tornou-se problemática a candidatura de Nobre já que, para além de uma aceitação parcimoniosa do próprio PSD, não colhia a simpatia de qualquer dos demais partidos, incluindo do próprio CDS, parceiro que permite a maioria do governo.
Não me surpreendeu a derrota de Fernando Nobre na primeira volta, mas surpreedeu-me que não tenha desistido da segunda pois que, só muito dificilmente, também desta vez seria eleito.
Entende-se a posição de Passos Coelho que, defensor de uma política baseada em princípios de verdade, manteve o seu compromisso e admito, até, que já esperasse este desfecho depois da sua não inclusão no acordo com o CDS. Mas talvez esperasse que o conhecido presidente da AMI tivesse discernimento bastante para entender que a vitória não estaria ao seu alcance. Desistir e libertar Passos Coelho do seu compromisso seria uma atitude que lhe preservaria algum prestígio. Não o ter feito correspondeu, decerto, a uma grave derrota política pessoal que a desistência da terceira volta e, até, a sua continuação como deputado, não alivia.
Quanto a Passos Coelho, teve a sua primeira derrota depois das eleições e colhe a sua primeira lição pois ficou a saber que, em política, os erros sempre se pagam!
Não me parece que Passos Coelho tenha sofrido uma derrota que tenha repercussões no futuro se, como espero, apresentar agora um candidato alternativo que a AR aceite.

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