ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 22 de julho de 2011

ELEMENTAR MEU CARO KRUGMAN!

Há, francamente, coisas que me surpreendem.
Acabo de ler que um economista “laureado com o Prémio Nobel da Economia”, Paul Krugman, escreve no “The New York Times” que a “engenharia financeira” que a Cimeira de Bruxelas acaba de definir não é “convincente” porque “…então o que se passa é que vamos exigir uma forte austeridade nos países que se deparam com uma crise da dívida; e no entretanto, vamos ter austeridade também nos países que não têm crise da dívida. Além disso, o Banco Central Europeu está a subir os juros. Assim sendo... a procura irá diminuir nos dois tipos de economias: as que estão actualmente a braços com uma crise e as que não estão”.
Krugman baseia a sua convicção numa comparação com o que sucedeu em 1937 e ele chama o “grande erro da Reserva Federal norte-americana e da Administração Roosevelt”.
Eu que, tal como Jesus Cristo, não estudei economia, não vejo, apesar disso, como alguém inteligente – ou não teria sido distinguido com o Prémio Nobel – compara o que não é comparável!
Uma situação com quase infinitos graus de liberdade, como a de 1937, porque não havia constrangimentos materiais, ambientais, climáticos ou outros que impedissem o crescimento económico, pelo que a contenção não parecia fazer sentido, não pode comparar-se com a que agora acontece e impõe uma austeridade que não é ditada por qualquer engenharia financeira mas pelas circunstâncias de exiguidade, de degradação ambiental e outras que travam o que, ingenuamente, os economistas pensam poder crescer indefinidamente.
Por isso, o que parece engenharia financeira não passa de medidas desesperadas que tentam salvar a “economia” do triste fim que a Natureza lhe impõe: o fim do crescimento!
Nada pode crescer indefinidamente num meio finito. Elementar meu caro Krugman!

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