ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

MAIS AUSTERIDADE

Com a apresentação do programa de governo, chegou a primeira “medida extra” na austeridade que já não é pequena. O governo recorre ao 13º mês para obter uma receita adicional que ajude a corrigir uma “derrapagem”, mais uma de muitas em que o anterior governo foi pródigo.
Já vi reservas a este procedimento por não ter sido demonstrado “por A+B” que era indispensável. Infelizmente, não me parece que o não fosse, tantas vezes o mesmo motivo antes mostrou que eram necessárias mais e mais receitas, numa sucessão dolorosa de PEC’s!
É um cenário bem conhecido de todos nós, este de medidas de austeridade não atingirem os objectivos, fazendo necessárias outras e outras que tornam as coisas ainda piores.
Sabe o povo, sabe toda a gente que ou o tumor se expurga totalmente ou se expandirá ainda com mais virulência tornando a cura mais problemática.
Mas tomemos por hipótese que, daqui até Novembro, as circunstâncias vêm a revelar que a medida foi precipitada. Se, por fortuna, assim acontecer, nada mais simples do que anulá-la o que o governo com todo o gosto, por certo, faria! Tomá-la mais tarde é que me pareceria menos coerente, mais difícil de aceitar e de suportar.
Se, perante o falhanço do governo anterior, este é um novo ciclo que os portugueses por maioria escolheram, é bom desejar que dê frutos em vez de o amaldiçoar. Se a austeridade é o caminho para repor a decência de um povo que se deixou enredar nas teias do consumismo leviano, pois que se pratique.
Não sei dizer se, tendo por meta recuperar o “nível de vida” perdido, o problema financeiro português tem ou não tem solução. É quase uma convicção pessoal que não terá! O que sei é que seria inevitável que o descalabro surgisse após o “regabofe” em que, durante anos de falsa prosperidade, nos permitimos viver. E sei dizer, também, que solução haverá se, voluntariamente ajustarmos o nosso modo de vida ao que podemos ter ou decidirmos ser mais diligentes na criação de riqueza que suporte o nosso consumismo que, mesmo assim, não durará para sempre…

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