ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

OU HÁ MORALIDADE OU...

Tanto se tem lido e ouvido sobre os gastos excessivos do Estado, desde alguns milhares até alguns ou muitos milhões que, todos juntos, fariam uma bela quantia.
Dirão os macro-economistas que, mesmo assim, não passam de amendoins sem valor perceptível nas grandes contas que o país tem de fazer.
Não me parece que seja tão pouco como eles querem fazer crer que seja porque, como ouvia dizer na minha terra e a matemática nunca o desmentiu, muitos poucos fazem muito, o que, junto com o dito “grão a grão enche a galinha o papo”, nos pode levar a quantias não desprezáveis numa pequena economia como é a nossa.
Para além de factos conhecidos de grandes frotas automóveis ao serviço de chefes, de directores e sabe-se lá mais de quem, haverá viagens a mais e outros desmandos que, quando não sentidos directamente no bolso, todos somos tentados a fazer.
Mas deixemos estes pormenores sem razão de ser como “eles” dizem para olharmos outro aspecto da questão.
Tornou-se evidente que muitos de nós já sentem enormes dificuldades enquanto outros, não tão poucos assim, passam, mesmo, privações e não vislumbram melhores dias. Pelo contrário, piores tempos se espera que venham e mais dificuldades nos farão a vida mais dura ainda.
Não seria, para além de um bom exemplo, uma consolação para os que sofrem ver que os que ganham muito para além do que um bom nível de vida exige também contribuíam, numa medida equivalente à que se aplica aos pequenos contribuintes, para o resgate de um país que também é seu? Ou não será?
Numa mensagem inesquecível, Cristo mediu esta "contribuição" não em função do que se dá mas do que fica. Mas essa é outra moral incompatível com o egoísmo de quem se crê superior...
Para além de tudo isto ainda há milhares de entidades que com mais nada contribuem para as “contas” do país do que com as enormes despesas que fazem. Ainda há gestores que se julgam insubstituíveis. Ainda há quem se considere melhor do que os outros.
Se o governo não puser, muito rapidamente, o dedo nesta ferida, não haverá como estancar a hemorragia nem explicar aos já milhões de portugueses que passam mal porque, em nome de Portugal, o hão-de continuar a passar!

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