Com excepção dos eternos desalinhados, o PCP e o BE, todos entenderam como uma prepotência desajustada a atitude da empresa de notação Moody’s ao fazer cair abruptamente a classificação de Portugal que agora considera abaixo de lixo!
É um ataque aos interesses de todos nós que, com mais e mais sacrifícios nos defrontaremos.
Sem necessidade de por em causa a mais do que duvidosa equidade daquela empresa nas avaliações que faz nem de realçar o oportunismo da sua recente atitude que mais não pretende do que favorecer os seus clientes, os especuladores, bastará recordar que, para a “revisão” que fez, a Moody’s tira conclusões de procedimentos cujos efeitos ainda não podem ser sentidos, com isso pretendendo tirar margem de manobra ao novo governo que tem a seu cargo a já difícil tarefa de por em por em ordem as contas nacionais.
Quanto àqueles “desalinhados” que, simplesmente, afirmam que Portugal segue pelo caminho errado sem, de modo compreensível, indicarem um caminho que não seja o da simples rejeição da realidade em que vivemos e, em vez disso, apelam à revolta que menos credíveis nos tornará, apenas lamento que coloquem os seus interesses políticos acima do interesse nacional, ignorando que não representam, sequer, um quinto dos que em eleições se manifestaram a favor de uma via na qual, se fossem autênticos democratas, participariam para ajudar Portugal.
Com a sua atitude, mais não farão do que dar alento aos que nos querem submeter aos seus desígnios de predação, o que terei de considerar anti-nacional.
Não sou dos que acreditam no regresso dos “bons velhos tempos” do capitalismo descuidado porque sei que, num meio finito, nada pode crescer indefinidamente como o exige o sucesso económico para o qual o consumismo crescente é indispensável. Mas sei que se queremos viver neste mundo teremos de o fazer de acordo com as suas regras, nada mais podendo fazer do que contribuir para que se alterem em conformidade com o balanço dos ciclos naturais que, queiram ou não, um dia terão de respeitar.
Mas esta é outra questão que exige outro tipo de reflexão muito profunda que aqui não cabe nem, infelizmente, se fundamenta nas razões dos que consideram errado o caminho que levamos. As suas razões são outras que os não fazem os “santinhos” que se sacrificam pelo nosso bem nem os “videntes” que nos guiam pelo caminho da redenção.
A verdade é que, para evitar males maiores, é prioritário sair do buraco em que caímos sem que me tenha dado conta dos “alertas” claros dos “desalinhados” que, queiram ou não, também contribuem para os equívocos desta “economia consumista” que estará a viver os seus últimos tempos!
Sem comentários:
Enviar um comentário