ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

MORRER DO MAL OU DA CURA?

Este aumento no custo dos transportes parece-me uma decisão completamente disparatada porque, junta com outras que a inevitabilidade já antes havia ditado, como o congelamento e corte de salários, o aumento de impostos, o corte no décimo terceiro mês, etc, reforça exageradamente os sacrifícios dos que já estavam mais penalizados. Com mais esta medida em que não houve “meias medidas”, dificultaram-se ainda mais as condições de vida a milhões de portugueses que já as tinham bem complicadas! Se, deste modo, se dificulta excessivamente o trabalho num país que apenas com muito trabalho se poderá recuperar, não posso ver qualquer inteligência na decisão tomada.
É verdade que as empresas de transportes estão falidas. Desde há bastante tempo que estão. Porém, em vez das atitudes que, oportunamente, deveriam ter sido tomadas mas que mesmo tarde se devem tomar, como ser criterioso na escolha dos gestores, rigoroso na seleção e apreciação dos quadros, exigente na qualidade de trabalho de todos os funcionários e continuadamente atento aos resultados das explorações, o Estado preferiu ser cego, surdo e mudo, como os bons demagogos são quando lhes convém e agora, por imposição do que já toda a gente conhece por troika, aumenta-lhes as receitas para que novos incompetentes tenham os seus empregos, se passeiem em bólides de topo de gama e outras coisas das quais é melhor nem falar.
O ministro da economia, o tal super que escolheu outros super para colaborarem consigo, já foi a visando que em Janeiro… É inacreditável!
Ainda pouco tempo é passado desde a posse deste governo, mas se já houve tempo para endurecer muito a vida de quem trabalha, não será com demagógicas atitudes de desengravatamento e promessas de cortes nas gorduras do Estado que, entretanto, não pára de engordar que se tornarão frutíferos os sacrifícios que se impõem e se encurtará o tempo de privações. E pelo caminho que as coisas levam…
É preciso mais, muitos mais do que super-ministros! São precisos bons-ministros. O da economia não me convence!

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