Já me não surpreendo mas ainda me custa a acreditar que pessoas responsáveis, ou que eu julgava serem, lancem atoardas que podem originar mal entendidos que conduzam a atitudes prejudiciais à paz social de que o país necessita para se recuperar.
Fazer crer que, da “ajuda a Portugal”, doze mil milhões são para os bancos como se tal fosse uma dádiva, é levar os menos entendidos nestas coisas a crer que os bancos estão a levar uma parte substancial da ajuda que deveria ser para o país.
E há quem se deixe levar por vídeos e outras formas de propaganda com que aqueles a quem o povo, em eleições, não escolheu para governar, incitam a uma revolta que, se acontecesse, só iria piorar o que já é mau.
Aqueles doze mil milhões são um financiamento alternativo para a banca que, nos mercados habituais, teria de pagar juros muito mais elevados pelo financiamento de que necessita, tal como aconteceria ao governo português sem a ajuda do FMI e da UE.
Para a economia funcionar, a banca tem de possuir disponibilidades que esta “alternativa” vai proporcionar.
O incitamento ao “buzinão na ponte” não resultou. Felizmente. Os portugueses dão um sinal de maturidade que ajudará Portugal a conseguir atingir, mais rapidamente, o objectivo da recuperação.
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