ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

“VEMOS, OUVIMOS E LEMOS” MAS...

É difícil entender os caminhos que trilhamos. Apenas deduzimos que a situação é pior do que o suposto, num valor colossal ou num valor simplesmente esperado. Seja o valor qual for, é natural esperar que o “castigo” pelos disparates que fizemos na vida de lordes que vivemos sem ter os meios necessários para a viver, será bem mais duro do que o esperado.
Foi-se metade do “subsídio de natal”, aumentou excessivamente o custo dos transportes, aumentam o gás e a electricidade para valores que porão alguns à luz de velas e todos a fazer prodígios de economia, aumentará o IVA intermédio que tornará mais cara a alimentação...
“Vemos, ouvimos e lemos” mas não entendemos porque o não entendem, também, os especialistas deste embuste que não é capaz de equilibrar as condições de vida porque baseia o bem-estar no pressuposto irrealista de um crescimento contínuo que já Adam Smith, o pai da moderna economia, sabia ser impossível.
Para o provar, anuncia-se uma crise generalizada da qual ninguém no mundo escapará, como o demonstram as evoluções das “economias emergentes” que, em vez do forte crescimento esperado, parecem a caminho da estagnação! Depois se verá.
Se, como o povo egoistamente diz, o mal de muitos é conforto, como o poderá ser o mal de todos? Quem ajudará quem?
Afinal, os sacrifícios vão servir para que? Qual a expectativa que nos dará alento para os suportar? Que voltaremos à “boa vida” que tínhamos ou que os “economistas” vão rever as suas teorias em função da realidade que nunca entenderam desde a criação do aborto que é o “homo economicus” no qual, naturalmente, ninguém parece rever-se.
Nesta ciência que não passa de uma “manta curta” como as que, em noites de borrasca, se tapam os pés descobrem os ombros, apenas houve soluções enquanto os recursos superabundavam. Agora que são escassos, os velhos remédios não funcionam e cada um que se aplica parece ter efeitos colaterais mais graves do que a doença que pretende curar!

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