O
que acabo de ler sobre o aumento da tensão entre russos e americanos no
conflito da Síria, com o líder russo a pedir a generais e outras personalidades
que façam regressar as suas famílias a casa, não me parece de bom augúrio.
Este
apelo acontece depois de Putin ter cancelado uma visita de Estado a França, uma
atitude que conjuntamente com a colocação de misseis nucleares na fronteira
polaca, aconselha a levar mais em conta os avisos de Mikhalil Gorbachev sobre o
perigo deste acréscimo de tensão entre as duas maiores superpotências do Mundo.
Uma
notícia recente informava, também, que Putin estava a refazer o famoso KGB,
atitudes que dão conta das saudades que terá da União Soviética de outrora.
E
será altura de, de novo, perguntar qual é a atitude da ONU em circunstâncias
tão delicadas. Uma ONU organizada para defender os interesses dos maiores e que
assim se tem mantido ao longo de décadas.
Talvez
fosse o momento de a ONU mostrar o que, de facto, vale. Mas creio que,
infelizmente, vale muito pouco.
Não
consigo imaginar até onde poderá ir este jogo de forças em tempo de conturbadas
eleições nos Estados Unidos, em que um dos candidatos até parece nutrir alguma
simpatia pelo mandão da Rússia.
Mas
conservo, ainda, uma réstia de esperança no que restará do bom senso que devem
ter os governantes para evitar as consequências dramáticas do que seria uma
guerra global e com armas nucleares que, se não destruir por si e de imediato,
a vida humana na Terra, acelerará fortemente todos os fenómenos que já se
conjugam para que tal aconteça.
E,
mais uma vez, tudo parece preparar-se para que, ali junto do Rio Eufrates, se
confrontem as forças mais poderosas do mundo que, no Apocalipse seriam de anjos e de
demónios, mas agora nem serão de bons nem de maus mas apenas idiotas com interesses mesquinhos e sem qualquer respeito
pela Humanidade!
Sem comentários:
Enviar um comentário