Depois
das intromissões despropositadas de Ban Ki Moon e do presidente da União
Europeia Jean-Claude Junker que, desde o início, defenderam, sem outras razões
que não fossem o sexo, a escolha de uma mulher para futuro Secretário Geral da
ONU, foi muito estranha e pouco cristalina a candidatura tardia da búlgara
Kristalina Giergovieva, comissária da União Europeia que Merkel preferia para
comandar da ONU.
Foi
como que uma guerra de sexos ridícula que já ultrapassa o justo reconhecimento
de igualdades de direitos para as mulheres.
Ir
para além disso já se tratará de regalias que não serão, de todo, a atitude de
justiça que a igualdade requer.
Por
que razão deve haver paridade se não se trata de um confronto mas de uma
questão de competência?
Por
que razão deveria ser uma mulher a futura Secretária geral da ONU? Apenas por
ser mulher, mesmo que um homem, mais competente, se candidatasse também?
Jamais
esta seria uma razão aceitável porque apenas teria toda a razão de ser se uma
mulher tivesse demonstrado ser a melhor no processo, pela primeira vez
adoptado, de escolha pela competência, o que, em meu entendimento, a ONU muito
precisa para bem realizar as missões que lhe competem.
Há
declarações cujo tom deixa antever a possibilidade de uma “mini-revolta” na
sessão da AG que confirmará a escolha de António Guterres, ao que declarações
feitas por representantes dos cinco membros permanentes do Conselho de
Segurança da ONU, contrapõem a certeza de não terem efeitos práticos.
Mas
tal como se não deve tomar a árvore pela floresta, melhor será deixar que fale
sozinho quem faz deste confronto uma guerra, porque há quem, por ser
inteligente, merece ser ouvido.
Foi,
por isso, que de um artigo do Diário de Notícias recolhi e reproduzo este
pequeno texto:
“Em declarações ao The New York Times, …. A costa-riquense Christiana Figueres -
secretária executiva da Convenção da ONU para as Alterações Climáticas - deixou
ontem uma mensagem no Twitter, em que constava ser o resultado final
"agridoce". Do lado "amargo: não é uma mulher. Doce: de longe, o
melhor homem na corrida. Parabéns, António Guterres!". Uma outra mulher
candidata, Susana Malcorra - MNE da Argentina - afirmou-se "mais do que
convicta que [Guterres] será um excelente “NextSG" (próximo Secretário
Geral).”
Foi
para escolher o melhor que as audições foram feitas. Ou não?
Creio
estar na hora de as mulheres competentes ajudarem a fazer um mundo melhor, onde
os direitos sejam realmente iguais e as oportunidades também, em função da
competência de cada um, em vez de travarem estas guerras de feminismo radical.
Sem comentários:
Enviar um comentário