Os
taxistas ainda não compreenderam que os tempos mudaram e que uma actividade,
como a sua ou outra qualquer, não pode ficar indefinidamente fechada nos mesmos
padrões, no mesmo modo de fazer que, neste caso dos transportes tem já muitas
décadas.
O
tempo cria novos hábitos, outras necessidades, outras solicitações, aos quais
devem corresponder modos de os satisfazer que não serão, sem a menor dúvida,
os entraves à evolução.
Por
isso me parece que os taxistas estão a fazer a guerra errada, a guerra que
sempre se perde porque foi ultrapassada, nos seus meios, por outras realidades
que novas tecnologias foram criando.
Parece-me
que bem melhor fariam se repensassem a sua situação e a adequassem aos novos
tempos, em vez de “exigirem” que a evolução não aconteça.
O
protesto que ontem fizeram não me parece que tenha causado o efeito que
pretendiam, além de que nada lhes saiu como desejavam.
Uma
marcha lenta que se transforma num boicote e que, ao fim de 17 horas inúteis,
acabou em debandada, sem que, nas conversações com o Governo tenham alcançado
os melhores resultados.
Outras
formas de oferecer serviços são inevitáveis e o público escolherá as que mais
lhe convier.
A
guerra a fazer seria outra, a da evolução que os taxistas parecem não conhecer
muito bem.
Algum
efeito, para lá dos serviços diferentes que oferece, a dita Uber já teve, pois
são mais raros aqueles táxis meio emporcalhados e até com cheiro pouco
agradável, como acontecia em alguns em que viajei.
O
que não vi ainda e de que a manifestação de ontem me não deu sinais, foi o da postura
cívica adequada à prestação de um serviço de transporte ligeiro. Isto para além de casos isolados de pouco profissionalismo e até indelicadeza dos quais me poderia queixar.
Foi
demasiadamente rasteira nos processos, nos ditos e nas atitudes que,
francamente, me deixaram puco agradado do serviço de transporte que, quando
necessito, sempre tenho utilizado.
Quem
sabe será a hora de experimentar algo diferente!
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