O
ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, ouvido
na comissão de Orçamento e da comissão de Trabalho e Segurança Social, no
Parlamento, diz que a actualização das pensões vai custar 200 milhões de euros.
Falava
da actualização das pensões a fazer em Janeiro de 2017 e que terá por base a
inflação e irá ser aplicada às pensões até aproximadamente 840 euros. Para as
pensões entre os 840 e até aproximadamente 2500 a actualização corresponderá ao
acréscimo da inflação menos 0,5 pontos percentuais, o que, na realidade,
prolonga o sistemático decréscimo real destas pensões, disfarçando-o de aumento que
não é. Pior ainda é que a inflação tomada por base é inferior à real, bem menor
do que aquela que sentimos quando o dinheiro compra cada vez menos!
Mas
é assim que se aumenta a justiça contributiva, como diz o deputado Tiago
Barbosa Ribeiro!
É de
rir o que se ouve naquela AR, onde se diz que os deputados ganham mal, mas que
a mim até parece bem demais pelos disparates que dizem e pelo tempo que perdem a dizer mal uns dos outros, em
vez de trabalharem juntos para o país!
O
que haverão de dizer os pensionistas que, ao longo de uma longa vida de
trabalho descontaram para que fossem garantidas as suas necessidades de
velhice, mas apenas são tratados como um fardo que leva a “esmola” que sobejar
das estroinices do Estado?
Assim,
sem um plano global do que queremos fazer do país, do nível de vida que lhe
queremos garantir, sem mais cuidados do que aqueles que à conquista e
manutenção do poder digam respeito, sem atender à situação real do meio em que
vivemos que cada vez mais se afunda numa "crise entremeada" e sem fim à vista,
continua a governação casuística e demagógica, baseada em perspectivas que
jamais batem certo.
Depois
e como se tornou hábito, corta-se nas despesas o que significa reduzir os meios
financeiros destinados ao cumprimento dos deveres do Estado para com a
Sociedade, na educação, na saúde, na mobilidade,
na segurança, na Justiça e em outros mais cujas reclamações aumentam com o
tempo que passa e vai tornando mais baixa a baixa qualidade de vida do país.
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