Somos hoje sete mil milhões de habitantes em todo o Planeta. Não passaríamos de dois mil e quinhentos milhões quando eu nasci, no primeiro terço do século vinte, o que significa que a população mundial quase triplicou desde então.
Não fosse este brutal acréscimo, só por si, um problema que cria preocupações de sustentabilidade, circunstâncias há que o complicam como a diferente distribuição da população pelos Continentes e dentro destes, para além da alteração da estrutura etária que cada vez mais se afasta da que tende a perpetuar uma espécie.
Apesar da ainda forte natalidade na Ásia, na África e nas Américas Central e do Sul, a população mundial tende rapidamente a envelhecer, prevendo-se que cerca do já próximo ano 2030 os indivíduos com mais de sessenta anos sejam, em média, 30% da população total quando, no início deste século não iam além de 10%. Para esta média, a contribuição da Velha Europa é de muito próximo de 50%!
A situação mundial agravar-se-á até meados do século, segundo o estudo desenvolvido pelo Instituto Demográfico de Viena e pela Universidade do Estado de Nova Iorque.
Estas mudanças tão significativas não podem deixar de influenciar o modo como encaramos o futuro e, inevitavelmente, o nosso modo de viver.
Problemas alimentares e de saúde tornar-se-ão cada vez mais difíceis de resolver, sobretudo se insistirmos em definir as respectivas políticas sem perspectivar os efeitos de um crescimento populacional que, segundo se estima, ainda neste século atingirá doze ou catorze mil milhões de seres humanos!
Se a tudo isto somarmos a degradação ambiental que resultará da utilização cada vez maior dos recursos naturais e as migrações inevitáveis a partir das regiões mais pobres ou exauridas, não será difícil prever a enormidade dos problemas que nos esperam.
Com as políticas que prosseguimos e as leis que temos não estaremos preparados para tamanha afronta e a estabilidade social tornar-se-á um mito quando todos lutarem por coisa nenhuma!
Ontem vi um documentário da National Geographic que, à semelhança do que Al Gore fez em relação às mudanças climáticas, perspectivou um futuro terrível, desta vez pelas consequências da falta de água a que os consumos de população excessiva conduzirá.
Para além dos excessos que, em ambos os casos, a perspectiva contém, possuem o mérito enorme de alertarem para um futuro que, a não ser muito cuidado, será catastrófico!
É mais um aviso aos políticos que, na sua quase geral ignorância científica, os não entenderão, continuando a defender quiméricas políticas de abundância, a traçar planos maquiavélicos de dominação, a fazer disparates que a Humanidade pagará bem caros.
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