Nas suas conjecturas sobre os regimes políticos, Aristóteles concluiu que, em teoria, todos eram bons nos seus propósitos mas divergentes nos seus efeitos pela natural tendência do Homem para a prepotência e apego ao poder.
Talvez por isso, o grande político inglês do Século XX, Wistom Churchil, considerou a democracia como o pior dos regimes com excepção dos demais conhecidos.
Passados os tempos aúreos da democracia representativa que privilegia o número, quando as coisas mais importantes se passavam no Parlamento, onde homens como Disraeli se tornaram notados pelo seu poder de argumentação, e quando a convicção era mais importante do que o conhecimento, este regime que tornou infames todos os demais tem sofrido críticas, algumas das quais pela dificuldade que sente de, por vezes, deles se destacar de modo claro.
Hoje, tomar decisões implica estar em dia com o saber sobre as questões a decidir o que, infelizmente, nem sempre é o caso. O estilo “disraeliano” continua a imperar nas atitudes de quem se esforça por fazer crer que é, aquilo que mais lhe conviria que fosse, em vez de procurar conhecer a realidade e decidir em conformidade com ela.
Mas hoje, as margens de erro consentidas são muito menores, pelo que os erros cometidos têm consequências cada vez mais graves e difíceis de reparar.
A democracia necessita de ser renovada juntando à boa cultura democrática os saberes de que necessita para decidir bem, o que conflitua com as disputas de poder que lhe são próprias e, vezes demais, fazem prevalecer o mau princípio de que os fins justificam os meios. A nossa realidade actual bem o demonstra.
Está em cena o “circo da ruína” que vai destruir Portugal.
A continuar assim, um dia se contará a “história de um país que quis ser rico”.
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