ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

O CINTO BEM APERTADO... AI Ó JOSÉ FICA-TE BEM!

As recomendações de austeridade da OCDE não devem ter surpreendido ninguém, tal como não surpreenderam o governo que as negociou.
Naquela sessão de apresentação foi visível a satisfação do Ministro das Finanças por este precioso apoio de uma instituição “credível” – como diz o Presidente da República - e só faltaram as palmas para transformar o evento numa gala!
Não ponho em causa as medidas que a OCDE considera necessárias em função dos objectivos europeus. Nada nem ninguém nos salvará de mais um violento apertão de cinto que as circunstâncias actuais nos impõem.
Neste contexto, porém, não são as medidas sugeridas a questão mais importante de esclarecer porque útil será, em termos de experiência para futuro, saber o que as tornou necessárias.
Os socialistas, os mais hábeis a criar factos políticos e a tirar partido das circunstâncias, não terão dúvidas de que foram Durão Barroso e Santana Lopes os responsáveis.
Mas não será estranho que num breve intervalo de 2 anos, em quinze anos de governo que começaram com António Guterres, tanto se tenham degradado as finanças nacionais?
É altura para recordar o “pântano” em que Guterres disse não querer afogar-se quando se demitiu do seu cargo de Primeiro-Ministro. Então muita gente se interrogou sobre o significado de tal afirmação. Agora parece evidente!
Além disto e seja o que for que tenha acontecido, Sócrates e o seu Ministro das Finanças não foram modestos quando se vangloriaram de haver saneado, definitivamente, as finanças portuguesas ao ser atingido um défice de 3%. Depois disso sabemos o que sucedeu.
Então, para saber no que ficamos, para conhecer a causa de mais este apertão de cinto para que se não repita, uma questão deve ser esclarecida: foi Guterres quem brincou com o país ao demitir-se por um “pântano” que não existia ou foi Sócrates que se vangloriou por um êxito que não alcançou?

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