A Srª Ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, foi muito clara na sua afirmação das dificuldades que ameaçam o Estado social como “os cortes de despesa pública nos países europeus demonstram…”
Mais diz a Srª Ministra que “os défices públicos estão a obrigar a repensar o financiamento” referindo-se ao Estado social que, sem qualquer dúvida, sentirá cada vez mais dificuldades até se tornar inviável, a menos que sejam encontradas novas formas para o viabilizar.
A comprová-lo está, por exemplo, a iniciativa do Ministério da Saúde que vai decidir mais uma descida administrativa nos preços dos medicamentos, ao mesmo tempo que fará baixar, também, o valor das comparticipações na sua aquisição, o que se somará à anulação dos benefícios fiscais com despesas de saúde que o governo anunciou.
Ana Jorge e o governo confirmam, deste modo, o que Gabriela Canavilhas havia afirmado, bem como tornam ainda mais claras as dificuldades do Serviço Nacional de Saúde que, além de não conseguir alcançar todos os seus propósitos nos cuidados de saúde que lhe compete prestar, não consegue evitar que aumente a sua já enorme dívida a quem o fornece.
Não é preciso ir mais longe para demonstrar como se tornou mais do que óbvia e urgente a necessidade de repensar o Estado Social para o não deixar morrer.
Sendo assim, como culpar os que pretendem repensá-lo de o quererem destruir?
Há muito que me não restam quaisquer dúvidas de que, para os políticos, fazer parecer que é, aquilo que lhes convém que fosse, é o artifício mais imediato perante dificuldades que se lhes apresentem. Por isso, não é essa atitude que me surpreende mas sim o facto de ela continuar a ter o bom acolhimento de um público distraído que não pensa o seu futuro porque só pensa no imediato.
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