Uns dizem que a crise vai passando, outros afirmam que são ainda necessárias mais medidas de austeridade para a debelar, enquanto para alguns ela jamais chegará ao fim.
Neste Ano Europeu de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social e já próximo do Dia Internacional para Irradicação da Pobreza, o que, na realidade, vemos, é um mundo em convulsão com o desemprego em níveis nunca dantes tão sentidos, com desempregados que, pelas mais diversas razões, jamais irão reaver os seus empregos a par de outros que nem o primeiro conseguem, além de uma população cada vez mais idosa e dependente.
Por sua vez, o mercado paralelo, vulgo “mercado negro”, cresce e lá vai permitindo a sobrevivência de alguns…
Mas, o que mais me preocupa neste regime em que vivemos, é ver chegado o momento em que a mão de obra, definitivamente, sobeja!
Sempre foi este um dos efeitos das crises que, ao longo do tempo, se foram vivendo. Mas um “sistema” ainda aberto, com espaço imenso para explorar, ia permitindo novas iniciativas agora cada vez mais difíceis à medida que o “sistema” se reduz à dimensão desta “aldeia global” em que vivemos.
Neste clima de crise de que alguns vão conseguindo sair com mais ou menos sucesso, nota-se a recuperação e, até, o crescimento de algumas empresas sem a necessidade de readmitir as centenas ou os milhares de empregados que antes dispensaram.
Não se pode continuar a pensar e a agir do mesmo modo quando as circunstâncias tão radicalmente se alteram. Próximo está o tempo em que os pensionistas serão a enorme maioria que os activos cada vez menos conseguirão suportar.
E a propósito dos serviços gratuitos que o Estado garante, ou pretende garantir, é bom não esquecer o que disse Fidel de Castro em resposta à pergunta se o “regime cubano” seria para exportar: “já nem em Cuba funciona”!
O romantismo acabou. O mundo tem de cair na realidade!
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