1. Quem poderia imaginar que a cultura fosse tão cara?
A direcção da Fundação Guimarães Capital da Cultura 2012 custa a módica quantia de 600.000 euros por mês em salários, sendo 16.000 para a directora, perfazendo 8 milhões ao longo do mandato!
O governo e o seu ministro das finanças têm considerado “trocos” o que se pouparia com cortes nestes tipos de despesas. Porém, pela amostra acima e considerando os milhares de fundações e outras instituições supérfluas que proporcionam “jobs for the boys”, não parece que sejam “trocos” daqueles que se encontram no fundo do bolso. Seria, por certo, uma verba enorme a que se pouparia acabando com todas as entidades sem préstimo e com estas remunerações imorais. E não seria por uma vez. Seria ano após ano.
Quando o salário médio no país não vai além de cerca de 750 euros mensais e mais de dez por cento da população activa não tem emprego, em nome de qual saber ou competência se justificam os salários que, através desta fundação e de tantas outras entidades inúteis ou de utilidade duvidosa, o Estado paga a tanta gente?
2. Há dias recebi, da Câmara Municipal de Lisboa, uma factura devida pela conservação dos esgotos. E paguei, claro está, porque os esgotos são importantes para a vida e para a segurança na cidade.
Sei do descuido que há nas limpezas que são necessárias após os períodos de estiagem. Mas, mesmo assim, foi com alguma surpresa que vi a situação criada pelas fortes chuvas de hoje na Baixa de Lisboa onde as inundações atingiram áreas onde não era habitual que tal sucedesse.
O efeito das marés não se faz ali sentir e, por isso, apenas as consequências da falta de limpeza em sarjetas e outros equipamentos de drenagem podem justificar o que se passou.
Afinal paguei o quê?
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