Nem imaginava que as eleições brasileiras fossem assim tão bem dispostas.
Achei, a um tempo, estranhos e bizarros os personagens e mais estranha ainda a forma como se apresentam aos eleitores.
Com tantos números, só com “cábulas” alguém consegue entender-se no meio daqueles milhares de concorrente estranhos e numerados.
Ri ao escutar um após outro mas confesso que o que mais me chamou a atenção foi o Tiririca cujo número era uma capicua perfeita, o 2222.
Um personagem fantástico que retrata bem o que a maioria dos políticos, mais ou menos, hoje em dia me parece.
Reconhecendo que nem tinha ideia do que faz um deputado “federau” em Brasília, o candidato mascarado de palhaço solicitava o voto com um ar bem sério, num “pregão” que não vou esquecer tão cedo: “vota no Tiririca! Se está mau, pió num ficaaaaa….”
Ora é isso mesmo que me fez sentir pena de não ter podido votar naquelas eleições, pois o Tiririca seria o meu preferido! Só a garantia de não ficar pior já me proporcionava algum conforto nesta minha terra onde o mal nunca é bastante e o pior está sempre para vir, sobretudo depois de Sócrates anunciar que tudo vai bem, que fomos quem mais cresceu na Europa, que o desemprego decresceu, que o TGV nos colocará na modernidade, que não vão aumentar os impostos…
Valha-me Deus, o Homem parece o serviço mentirológico dos anos 40!
E já que vai haver eleições, não haverá por aí quem possa dar as mesmas garantias que fizeram o Tiririca ser o candidato mais votado em todos os Estados do Brasil?
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