Às críticas que ouviu pelos cortes que fez na despesa, sobretudo às que fizeram notar a ausência de outros que corresponderiam a casos de maus contratos e parcerias, organismos excessivos, controlo de desperdícios, etc, Teixeira dos Santos respondeu tratar-se de “trocos” pois, para a resolução dos problemas que temos, não bastam centenas de milhões porque serão necessários milhares de milhões de euros.
Parece, numa apreciação rápida, que poderá ter razão. Mas, reflectindo melhor, verificaremos que foi o desperdício de várias dezenas ou centenas de milhões durante anos e anos que deram lugar à necessidade dos milhares de milhões que o Ministro das Finanças vai buscar aos salários de trabalhadores da função pública, ao cancelamento de benefícios fiscais e à arrecadação de mais impostos, deste modo reduzindo, consideravelmente, o nível de vida de que depende a dinâmica económica.
Não sou partidário desta economia baseada no consumismo que não pode crescer indefinidamente mas já atingiu níveis incompatíveis com uma boa gestão dos recursos naturais e, cada vez mais, afecta os equilíbrios ambientais necessários à vida. Apesar disso, não creio que seja possível ou desejável corrigir abruptamente este sistema de economia em permanente crise porque, por essa via, será uma catástrofe e não uma correcção o que se alcançará.
O Ministro das Finanças já deu provas de não ser capaz da gestão equilibrada que exige previsões que nunca soube fazer, do que resultou uma sucessão de programas de austeridade, na qual, por certo, este agora apresentado não será o último. Com ele o ministro evitou a sua insónia, deixando para a maior parte de nós as preocupações que nos não vão deixar dormir descansados!
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