Para mim, renegar a língua é desprezar a nacionalidade. Por alguma razão Fernando Pessoa disse “a minha pátria é a língua portuguesa”.
Tenho-me constantemente rebelado contra os atropelos da linguagem que, cada vez mais, são frequentes. Nunca entenderei porque uma língua tão rica como o português necessita de palavras e de modos de dizer estrangeiros, a menos que se trate de neologismos que os avanços tecnológicos impõem. Acontece.
O que ma dá raiva é a negação da língua por muitos pretensiosos que julgam ficar melhor se misturarem palavras inglesas ou adoptarem frases idiomáticas estrangeiras que, precisamente porque o são, não são português.
Há quem não saiba, simplesmente, falar português; há quem tenha a pretensão de o saber falar; há os que se permitem arruiná-lo; há os que o falam e escrevem com a beleza que só o português permite!
Hoje ouvi uma ministra dizer dezassete ponto qualquer coisa quando em português se diz dezassete vírgula qualquer coisa. Provavelmente esta senhora também não saberá distinguir biliões de milhares de milhões porque parece preferir traduzir inglês para português em vez de falar o que penso será a sua língua materna.
Que raio… uma ministra deve pensar que pode servir de exemplo para muita gente e esta, se o for, prestará um mau serviço à sua pátria.
Mais tarde, naquele programa em que metem um monte de pessoas numa casa fechada para toda a gente ver a sua “intimidade”, os exemplos de fraseado estão longe de ser os melhores. E lá vi uma entrevistada porque decidiu sair dali dizer que era difícil estar fechada “vinte e quatro sobre vinte e quatro horas”, um americanismo que está muito na moda, sobretudo nos noticiários, para substituir o portuguesíssimo “vinte e quatro horas por dia”! Patetices…
Bolas, falem português!
28Set: Afinal até o Primeiro-Ministro diz ponto em vez de vírgula e o Presidente da República diz vírgula mas confunde milhares de milhões com biliões!
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ACORDO ORTOGRÁFICO
O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.
Apoio totalmente sua revolta, assim como tu, temos aqui o nosso grande defensor da língua portuguesa o "mestre" Ariano Suassuna, o grande nordestino que não admite ouvir brasileiros trocarem sua língua pátria pelo inglês.
ResponderEliminarSou vossa admiradora amados "MESTRES"