ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

domingo, 4 de setembro de 2011

É PRECISO RECUPERAR O SECTOR PRIMÁRIO

Seis mil milhões em importações de bens alimentares, milhares de hectares de terrenos agrícolas desactivados e o atraso do “plano do Alqueva” para irrigar e tornar mais produtivas algumas áreas alentejanas, são apenas algumas das razões por que Portugal anda pelas ruas da amargura e se tornou um “pedinte” da Europa e do FMI.
Se alguma coisa há que seja imprescindível é a alimentação, pelo que ser equilibrado neste sector é condição básica para a sobrevivência de um país.
Porém, movidos por interesses que não eram os nossos e a troco de umas quantas ajudas financeiras que fizeram alguma gente rica, deslumbrados pela perspectiva de uma abastança que não podíamos ter mas que esperávamos a Europa nos proporcionasse, olhámos com desdém para o chamado “sector primário” que considerámos coisa de pobres que não seríamos mais!
Aceitámos os limites de produção que nos foram impostos e, alegremente, destruímos barcos, abandonámos terras e colheitas para nos dedicarmos aos “negócios” que nos colocariam, definitivamente, no “clube dos ricos”.
O que mais me dana é que sejam alguns dos que mais culpas tiveram no disparate que fizemos quem agora eleva a voz para dizer que temos de voltar à terra e ao mar de onde nunca deveríamos ter saído.
Não valerá a pena sonhar com o regresso aos bons tempos de boa-vida porque eles não voltarão. Agora, ou produzimos ou não temos!
O crescimento económico atingiu o “pico” há já bastante tempo, ao que se seguiram as acrobacias financeiras para o disfarçar e de que resultaram as “bolhas” que, aos estoirarem, geraram a “crise” que parece ter-se tornado permanente ou pior até.
Começou por ser o Banco Mundial a alertar para uma desaceleração da economia mundial, no que agora é seguido pelo FMI que chega a falar de recessão!
Vão mal os tempos e pior irão se não entendermos as razões desta crise tão especial.

Sem comentários:

Enviar um comentário