ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A CRISE E O FUTEBOL

Nem todos temos as mesmas preocupações, é certo, mas há algumas que são, ou deveriam ser, comuns. Refiro-me a este problema sério que é reerguer o país da crise grave em que se encontra a qual, para além dos aspectos financeiros tem outros que são económicos, de identidade e de orgulho nacional, talvez até mais importantes.
Estranho que tão pouca gente, relativamente, se preocupe com estas questões porque deverão pensar serem problemas que a outros compete pensar e resolver, mas que se mostra tão informada sobre as mais ínfimas questões do futebol, mesmo o internacional! Se este vai para aqui ou para além, se tem estas ou aquelas características, se... Enfim sabem tudo!
É o que me transmite a apreciação do face book, talvez o melhor lugar para ter uma noção do que sejam as preocupações mais generalizadas.
Mas não não conseguem ver, sequer, que até no que lhes dá ânimo, estas minhoquices do futebol, as coisas estão feias?
Ainda há bem pouco tempo Portugal foi vice-campeão mundial de futebol na categoria sub 20, com uma equipa que mostrou raça, qualidade e saber jogar futebol. O grande problemas que se colocou foi o de qual futuro teriam aqueles excelentes futebolistas. Toda a gente concordou em reconhecer que iriam ter muita dificuldade em ter lugar em equipas principais de clubes portugueses. Esta preocupação tem razão de ser. Basta lembrar as grandes equipas do Sporting e do Benfica, mesmo do Porto e do Belenenses daqueles tempos em que apenas tinham jogadores portugueses e conseguiram prestígio internacional indiscutível.
Um dos maiores jogadores do seu tempo, Eusébio, é português, Figo e Ronaldo, considerados “melhores do mundo” são portugueses, Nani é um jogador fundamental num dos maiores clubes mundiais e por aí fora… Isto apenas para não falar de treinadores portugueses.
Mas se olharmos para as equipas portuguesas atuais, desde as mais famosas ás de menor projeção, contam-se por muito poucos os jogadores portugueses que as integram. Os estrangeiros dominam o futebol nacional. Alguns de medíocre e até de má qualidade. Questões de "negócios". Talvez.
Este é, obviamente, um sinal de fraqueza do futebol português que, inevitavelmente, é afectado pela crise do país, por mais que se queira disfarçá-lo. Em breve, muito brevemente até, os efeitos se irão sentir se continuarem distraídos.

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