ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O DOCUMENTO VERDE DA REFORMA ADMINISTRATIVA


Acabo de ouvir o Primeiro Ministro falar da Reforma Administrativa em que inclui eliminação de freguesias e fusão de municípios.
Sou, desde há muito, a favor de uma reforma administrativa mas que não é, de todo, uma reforma por decreto ou por discussão pública, porque há parâmetros a considerar que não podem ser considerados deste modo!
Há cerca de dois meses escrevi uma crónica para o jornal da minha terra, o Notícias de Manteigas, um dos tais concelhos que vêm perdendo população nos últimos anos.
Ao contrário do que muitos dos meus conterrâneos pensam, julgo o meu concelho em perigo, apesar das muitas razões que tenho para considerar um erro extingui-lo!
Mas para não repetir o que escrevi, remeto os meus leitores para a crónica que tem o título “UM CONCELHO COM FUTURO OU UM TRÁS-DE-SERRA IGNORADO?” e está publicado em http://jornaldegaveta.blogspot.com, em 23 agosto 2011.
Será interessante verificar como, já então, eu previ que seria esta a reforma administrativa que se faria, uma reforma ao sabor das circunstâncias sem a largueza de vistas que as questões administrativas requerem. Não vejo, por isso, como pode resolver os seus problemas um país que não sabe pensar o seu futuro.
Curioso é ter escutado, na discussão que se seguiu na TV, alguém da Covilhã falar da “falência” do Concelho de Manteigas, um território ali ao lado que saberia bem anexar, mesmo sem saber do que falava.
Não me parece haver o entendimento correcto das razões que podem levar a constituir ou a extinguir um concelho e nem me parece que haja o conhecimento do que seja a organização municipal por essa Europa fora. Portugal é dos países com concelhos mais extensos. Por exemplo, a Espanha tem mais de 8.100 municípios que comparados com os 308 municípios portugueses revela uma relação muitíssimo maior do que a que corresponde às respectivas áreas nacionais.
Para além da população há factores diversos, entre os quais as caraterísticas do território, que influenciam a organização administrativa de um país, sobretudo quando tenha a diversidade territorial que Portugal tem.

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