É
notícia agradável saber que, pela primeira vez, os jovens portugueses
alcançaram classificações nitidamente acima da média da OCDE, que inclui 72
países e regiões, no que respeita a Leitura e a Ciências, mantendo-se na média
no que respeita a Matemática, o que significa que, no que respeita a literacia,
Portugal descolou, nitidamente, da cauda da Europa.
A
este respeito ouvi o Ministro da Educação e uma das “meninas” do Bloco de
Esquerda, Mariana Mortágua que, na tv se referiram a esta notícia que nos
deveria envaidecer pelo que a educação representa no valor de um país.
Obviamente, o resultado é fruto de anos de trabalho e, talvez por isso e porque é o confronto e não a cooperação que condiciona a evolução deste país, o que foi feito por outros não é para valorizar.
O
sr ministro passou pelas boas notícias como gato por brasas, para se deter no
facto de em Portugal o número de retenções (leia-se reprovações) continuarem a estar
acima da média, o que, para ele, significa a necessidade de aliviar dos
critérios de avaliação, para que saiamos desta situação.
Como
disparate parece-me excessivo para um ministro da Educação.
Terá
de olhar-se para esta situação para que seja corrigida. Obviamente! Mas não me
parece que deva sê-lo baixando o nível de exigência de conhecimentos dos que evoluem na
carreira académica. Assim ser-nos-á fácil virmos a ser o país com menos "retenções", mesmo baixando nos níveis de conhecimentos em que, agora, nos situamos bem.
Não
sei o que esperar, para o futuro, de um ministro assim. Mas é o que temos…
Quanto
à Mariana, foi patético ouvi-la desmerecer os resultados que nos colocaram bem
na comparação com dezenas de outros países, com especial destaque para os
europeus, porque, diz ela, critérios de selecção capciosos terão sido a causa da
melhoria anunciada que, assim, não corresponderia à realidade.
Falava,
por certo, para os seus “camaradas” que nem saberão o que será este PISA e
muito menos como funciona.
Uma
deputada ou, como costuma dizer-se, uma representante do povo, contribuir deste
modo ridículo para baixar a nossa já baixa auto-estima, é francamente deplorável.
O
meu pouco saber nesta matéria levou-me a procurar informação que mais adiante
resumo e mostra como os critérios são iguais para todos os países, pois apenas
deste modo os resultados podem ser comparáveis.
Para
quem esteja interessado em saber do que, realmente, se trata, aqui fica um
resumo da informação que recolhi:
O
Programa PISA (Programme for International Student Assessment) desenvolvido
pela OCDE desde o ano 2000, é concebido para avaliar se os alunos de 15 anos
conseguem utilizar os seus conhecimentos ou competências de leitura, Metemática
e Ciências na resolução de situações comuns diárias.
Em cada ciclo do PISA, são selecionados alunos de 15 anos, através de um processo de amostragem em duas fases.
Em cada ciclo do PISA, são selecionados alunos de 15 anos, através de um processo de amostragem em duas fases.
No
PISA também são recolhidas informações socioeconómicas dos pais, alunos e
escolas, a fim de contextualizar os resultados.
O
PISA faz, pois, um retrato de cada país e compara-o com os restantes, assim
obtendo uma medida da eficácia da educação em cada país, em função dos padrões
estabelecidos pela OCDE.
O
PISA ocorre de 3 em 3 anos.
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