ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

O POLVO (OCTOPUS) E OS TACHOS



Há muito já que se ouviu falar neste que é, agora, o grande assunto do dia, o plasma sanguíneo que o Estado Português compra à Octapharma, deitando fora o que resulta das dádivas internas.
Aliás, esta questão do sangue há muito que assumiu foros de um negócio enriquecedor em que a ganância levou a poucos cuidados de que muita gente foi vítima.
Quem pode esquecer os que morreram por lhes ter sido administrado sangue infectado com VIH comprado no estrangeiro e terá sido um bom negócio para alguém?
A Justiça tratou do assunto mas parece não ter encontrado culpados e tudo seguiu como se apenas um pequeno nada tivesse acontecido, um pequeno incidente como tantos que acontecem a cada dia que passa.
Depois falou-se e, em seguida, esqueceu-se ou abafou-se, esta questão do plasma da Octapharma, um caso bem à maneira do que se tornou, infelizmente, um hábito português, o de não aproveitar o que tem para comprar o que outros lhe vendam.
Passaram uns quantos anos e, de repente, como que surgido do nada, aí está mais um caso onde o omnipresente José Sócrates, seja de que modo for, marca a sua presença.
Uma notícia da altura dizia “o Correio da Manhã escreve hoje que "a farmacêutica suíça que contratou José Sócrates facturou, por ajuste directo com o Estado português entre 2005 e 2011, cerca de seis milhões de euros. Quando José Sócrates foi Primeio-Ministro, naquele período, o Hospital Curry Cabral e os centros hospitalares de Setúbal e Coimbra foram os principais clientes públicos da Octapharma, com aquisições de plasma do sangue e derivados que correspondem a mais de 50% do total".
Segundo dados do Portal da Despesa Pública, a Octapharma "fornece plasma do sangue e derivados a praticamente todos, senão mesmo todos, os hospitais públicos portugueses" e segundo o jornal "a farmacêutica suíça terá praticamente o monopólio do mercado português".
Agora, é um corrupio de prisões, uma já vasta lista de gente importante do mundo da saúde, sobretudo onde a política e a saúde mais se envolvem, como nestes negócios que fazem, rapidamente, milionários.
Faltará, agora, fazer a ligação mais de pormenor ao “processo marquês”, o tal que não tem “acusações” como diz o seu principal arguido que, acrescenta, nem nunca terá por mais que novos casos sejam abertos para tentar encontrar matéria para as formar.
Como diz Sócrates, já viram algum processo tão longo sem uma acusação?
Ainda não tinha visto mas já ninguém me tira a sensação de que o caso marquês não passa de uma fossa enorme onde vão parar todos os esgotos!
Qualquer dia nem precisaremos de o continuar. Morreremos apenas com o mau cheiro.
Realmente, já chega todo este tempo de investigação.
Cosam lá o polvo.

 

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