Há
muito já que se ouviu falar neste que é, agora, o grande assunto do dia, o
plasma sanguíneo que o Estado Português compra à Octapharma, deitando fora o
que resulta das dádivas internas.
Aliás,
esta questão do sangue há muito que assumiu foros de um negócio enriquecedor em
que a ganância levou a poucos cuidados de que muita gente foi vítima.
Quem
pode esquecer os que morreram por lhes ter sido administrado sangue infectado
com VIH comprado no estrangeiro e terá sido um bom negócio para alguém?
A
Justiça tratou do assunto mas parece não ter encontrado culpados e tudo seguiu
como se apenas um pequeno nada tivesse acontecido, um pequeno incidente como
tantos que acontecem a cada dia que passa.
Depois
falou-se e, em seguida, esqueceu-se ou abafou-se, esta questão do plasma da
Octapharma, um caso bem à maneira do que se tornou, infelizmente, um hábito
português, o de não aproveitar o que tem para comprar o que outros lhe vendam.
Passaram
uns quantos anos e, de repente, como que surgido do nada, aí está mais um caso
onde o omnipresente José Sócrates, seja de que modo for, marca a sua presença.
Uma
notícia da altura dizia “o Correio da Manhã escreve hoje que
"a farmacêutica suíça que contratou José Sócrates facturou, por ajuste
directo com o Estado português entre 2005 e 2011, cerca de seis milhões de
euros. Quando José Sócrates foi Primeio-Ministro, naquele período, o Hospital
Curry Cabral e os centros hospitalares de Setúbal e Coimbra foram os principais
clientes públicos da Octapharma, com aquisições de plasma do sangue e derivados
que correspondem a mais de 50% do total".
Segundo dados do Portal da Despesa
Pública, a Octapharma "fornece plasma do sangue e derivados a praticamente
todos, senão mesmo todos, os hospitais públicos portugueses" e segundo o
jornal "a farmacêutica suíça terá praticamente o monopólio do mercado
português".
Agora,
é um corrupio de prisões, uma já vasta lista de gente importante do mundo da
saúde, sobretudo onde a política e a saúde mais se envolvem, como nestes
negócios que fazem, rapidamente, milionários.
Faltará,
agora, fazer a ligação mais de pormenor ao “processo marquês”, o tal que não
tem “acusações” como diz o seu principal arguido que, acrescenta, nem nunca
terá por mais que novos casos sejam abertos para tentar encontrar matéria para
as formar.
Como
diz Sócrates, já viram algum processo tão longo sem uma acusação?
Ainda
não tinha visto mas já ninguém me tira a sensação de que o caso marquês não
passa de uma fossa enorme onde vão parar todos os esgotos!
Qualquer
dia nem precisaremos de o continuar. Morreremos apenas com o mau cheiro.
Realmente, já chega todo este tempo de investigação.
Cosam lá o polvo.
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