Por detrás dos insultos mútuos entre Trump e
Kim Jong-un, ridículos e bem demonstrativos da qualidade dos poderes a que o
nosso mundo está entregue, esconde-se o problema gravíssimo da luta pela
hegemonia na Terra, uma tara que deve ter começado nos primeiros tempos da
Humanidade quando Caim matou Abel.
Continuou com muitos outros como Gengis Can,
os imperadores chineses, os imperadores romanos, os reis do Egipto, Alexandre o
Grande, Hitler, Estaline e sei lá quem mais e teve na “guerra-fria” que se
seguiu à Segunda Guerra Mundial uma situação que bem poderia ter provocado o
caos maior depois da extinção dos dinossauros.
Hoje serão três os que disputam o estatuto de
maior, os Estados Unidos, a Rússia e a China que criou o “menino traquina” que
agora lhe baralha as contas e pode levar a disputa pelos caminhos tortuosos de
uma guerra em larga escala e com efeitos desastrosos.
Não creio que passe de uma basófia desmedida
a garantia de Kim de afundar a América se Trump continuar com as ameaças que
faz ou a declaração do embaixador da Coreia do Norte na ONU, mas quais afirmou
ter-se tornado inevitável atacar a América depois das ofensas de Trump ao
“grande líder” pelos nomes que lhe chamou, tal como não creio que Trump decida
erradicar a Coreia do Norte do mapa como tantas vezes já afirmou.
São actos demasiado radicais para que até o
pouco bom senso que ainda resta no mundo as consinta.
Mas as ideias estão no ar e os interesses de
russos e chineses continuam atentos, nunca se sabendo o que poderão fazer nesta
guerra de pavões.
Mas não me parece, também, que esta cavalgada
de ameaças e de insultos possa eternizar-se sem que algo aconteça, nem creio
que possa haver diplomacia que evite o caminho da violência, tal como aconteceu
em 1939 na Europa.
Há uma caixa de Pandora prestes a abrir-se de
novo e, desta vez, é muito difícil saber o que sairá depois de todos os males
que dela já saíram e a esperança, desde sempre nela aprisionada, poderá ter-se transformado
no desespero que leva à desgraça.
Sem comentários:
Enviar um comentário