ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

A GRANDE CONFUSÃO E A CAIXA DE PANDORA



Por detrás dos insultos mútuos entre Trump e Kim Jong-un, ridículos e bem demonstrativos da qualidade dos poderes a que o nosso mundo está entregue, esconde-se o problema gravíssimo da luta pela hegemonia na Terra, uma tara que deve ter começado nos primeiros tempos da Humanidade quando Caim matou Abel.
Continuou com muitos outros como Gengis Can, os imperadores chineses, os imperadores romanos, os reis do Egipto, Alexandre o Grande, Hitler, Estaline e sei lá quem mais e teve na “guerra-fria” que se seguiu à Segunda Guerra Mundial uma situação que bem poderia ter provocado o caos maior depois da extinção dos dinossauros.
Hoje serão três os que disputam o estatuto de maior, os Estados Unidos, a Rússia e a China que criou o “menino traquina” que agora lhe baralha as contas e pode levar a disputa pelos caminhos tortuosos de uma guerra em larga escala e com efeitos desastrosos.
Não creio que passe de uma basófia desmedida a garantia de Kim de afundar a América se Trump continuar com as ameaças que faz ou a declaração do embaixador da Coreia do Norte na ONU, mas quais afirmou ter-se tornado inevitável atacar a América depois das ofensas de Trump ao “grande líder” pelos nomes que lhe chamou, tal como não creio que Trump decida erradicar a Coreia do Norte do mapa como tantas vezes já afirmou.
São actos demasiado radicais para que até o pouco bom senso que ainda resta no mundo as consinta.
Mas as ideias estão no ar e os interesses de russos e chineses continuam atentos, nunca se sabendo o que poderão fazer nesta guerra de pavões.
Mas não me parece, também, que esta cavalgada de ameaças e de insultos possa eternizar-se sem que algo aconteça, nem creio que possa haver diplomacia que evite o caminho da violência, tal como aconteceu em 1939 na Europa.
Há uma caixa de Pandora prestes a abrir-se de novo e, desta vez, é muito difícil saber o que sairá depois de todos os males que dela já saíram e a esperança, desde sempre nela aprisionada, poderá ter-se transformado no desespero que leva à desgraça.

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