O Conselho de Segurança da ONU reuniu de
emergência após Kim Jong-un ter anunciado o sucesso com a experiência de uma
bomba de hidrogénio que, segundo os especialistas, pode ser colocada num foguetão
de longo alcance.
A Coreia do Norte dispõe, afinal, de
capacidade para atacar com armas nucleares a longa distância, o que significa
que existe uma potência nuclear fora do controlo a que as demais potências
nucleares se propuseram para evitar a proliferação de tais armas.
Afinal, as ameaças do ditador coreano eram a
sério, mas a sério não foram tomadas pelos que acreditavam estar a Coreia do
Norte ainda longe de possuir tais meios.
Tocou a rebate e conclui-se que “chegou a
hora de acabar com as meias medidas” porque há que concluir que as medidas das
Nacões Unidas ao longo das últimas décadas não conseguiram mudar a atitude
norte-coreana.
Lembro-me de ter escrito, não há muitos dias,
que não seria com “paninhos quentes” diplomáticos que algum resultado se
alcançaria, mas com medidas determinadas e globais que isolassem completamente
aquele país ameaçador.
Além disso, creio ter o mundo acordado esta questão tarde
demais para evitar soluções que não envolvam sérios problemas, incluindo a
reacção desesperada ou loucamente premeditada ao longo de muito tempo.
Decerto por isso a ONU considera o ensaio
realizado e a comunicação do ditador como uma “perigosa provocação” à qual deve
corresponder uma “resposta completa” da comunidade internacional que evite a
concretização das ameaças que lhe são inerentes e criam uma "forte instabilidade
regional e internacional”.
Não creio, porém, que seja fácil mobilizar
toda a comunidade internacional para garantir o isolamento necessário e, mais
do que isso, receio que tal isolamento em vez da solução seja a causa de uma
atitude do tipo “gato encurralado” que deita as unhas de fora e ataca
desesperado.
Finalmente, não sei quantas mais surpresas
Kim Jong-un nos reservará ainda, pois não creio que tenha já mostrado todas as
cartas do seu baralho que creio ter apenas um naipe, o de espadas!
Pelo andamento que as coisas estão a ter,
brevemente o saberemos.
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