Os
efeitos dos raios ultravioletas são mal conhecidos por muita gente que, na
altura do Verão, não tem os cuidados devidos para os evitar. Por isso e porque
a exposição de Portugal aos raios UV é cada vez mais intensa e porque durante o
Verão os valores da radiação se situam entre 7 (alto) e 8 (muito alto), reproduzo
aqui um texto informativo:
“Os raios ultravioletas provocam alterações
estruturais no DNA das células, oxidam os lipídios, produzem perigosos radicais
livres, causam inflamação, rompem a comunicação celular, modificam a
expressão dos genes em contrapartida ao estresse e enfraquecem a resposta imune
da pele. Além disso, os raios UV são causadores de queimaduras,
envelhecimento precoce e câncer de pele.
A exposição solar pode causar cinco
danos aos indivíduos de pele normal:
1. Efeitos agudos (queimadura solar,
fototoxicidade induzida por medicamentos);
2. Riscos em longo prazo da exposição
descontrolada e repetida, resultando no desenvolvimento de modificações
actínicas ou dermatohelioses (rugas, envelhecimento precoce da pele,
adelgaçamento irregular da epiderme, telangiectasias e máculas
hiperpigmentadas);
3. Desenvolvimento de lesões
pré-malignas (ceratoses solares) e malignas (carcinoma basocelular, carcinoma
espinocelular e melanomas);
4. Conseqüência do dano fotoquímico
cumulativo aos olhos desprotegidos resultando no escurecimento das lentes
(envelhecimento da lente) e formação de catarata nuclear.
5. Alteração da resposta, função e
distribuição dos componentes do sistema imunológico causando uma incompetência
imune seletiva.
Os raios ultravioletas são divididos em
UVC, UVA e UVB. Os raios UVC são extremamente lesivos a pele humana, podendo
causar efeitos mutantes e cancerígenos, mas a grande parte desses raios é
retida na camada de ozônio, apenas uma pequena quantidade é capaz de atingir os
homens.
Os raios UVB são responsáveis por queimar,
manchar e descamar a pele. A radiação UVA dificilmente causa eritema na pele,
mas possui uma penetração muito maior que os raios UVB, induzem a
pigmentação da pele promovendo o bronzeamento por meio do escurecimento da
melanina pela fotoxidação da leucomelanina, localizada nas células
das camadas externas da epiderme dois. É mais abundante que a radiação UVB
na superfície terrestre (UVA 95%%, UVB 5%). Histologicamente causa danos ao
sistema vascular.
Os fotoprotectores ou protetor solar
foram criados para formar uma barreira ou um filme na pele impedindo ou
minimizando a penetração dos raios ultravioletas. Para executar essa
função da maneira correta é necessário que apresente proteção contra os raios
UVB e UVA. A maioria dos protetores não informa a proteção contra os
raios UVA sendo esses os principais causadores do câncer de pele.
Portanto, cuidado na hora de comprar o
seu fotoprotector! Observe cada informação presente no rótulo ou na bula e caso
falte alguma delas parta para outro.
Mariana Gonçalves
Fisioterapeuta especialista em
dermato-funcional”
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