ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 23 de setembro de 2017

ENTRE A MÚSICA E A MUSIQUINHA



Não posso esconder que não sou, de todo, fã de Tony Carreira que, apesar de afinado, não tem voz e, pelo que parece, também não terá a originalidade musical que tantos julgavam que teria.
Respeitando os gostos que cada um possa ter, admito que haja quem muito aprecie os seus concertos que para o meu gosto não passam de música pimba engalanada!
Jamais esqueço uma sua fã que, entrevistada, revelou segui-lo por toda a parte pois era o único que sabia interpretar o que ela sentia, mesmo antes de ela o saber fazer!
Aprecio outro tipo de música, outras vozes e quando me lembro de que, por exemplo, existiu um Pavaroti, existe um Andrea Bocheli e até um Salvador que, infelizmente, luta desesperadamente pela vida, existiu a Amália, existem a Marisa e a Dulce Pontes, a Ana Moura, o Camané, o Carlos do Carmo e tantos outros que, em relação ao Tony, perdem aos pontos no “mercado da música” onde o popularucho é rei, tenho de por em causa o meu gosto e, talvez, passar a trautear aquelas músicas que a partir da primeira frase musical já sabemos como são as demais.
Agora, quanto ao processo sobre Tony Carreira, eu diria que deixassem o homem em paz porque, como ele muito bem diz, se for preso não sabe o que acontecerá a tantos outros. E tem razão porque naquelas manhãs televisivas de música pimba nas praças de Vilas e Cidades por esse Portugal fora, todas me parecem iguais seja o cantor qual for!
Até de plágios totais de “cantiguinhas” dos meus tempos de miúdo me lembro perfeitamente.
É que a música pimba já nada mais tem para dar. Recria-se ela própria. É o próprio plágio!
Passar-se-á o mesmo por esse mundo fora, seja na música country nos Estados Unidos ou na música sertaneja no Brasil, por exemplo, e em tantas outras que me parecem quase todas iguais…
Eu distingo entre a música e a musiquinha…
Acabei agora de ler, na propaganda a uma entidade bancária que “Não somos todos farinha do mesmo saco. E ainda bem. Se gostássemos todos do mesmo, o que era feito do amarelo?”
É um dito que conheço há muito tempo e do qual jamais me posso esquecer por a minha cor preferida ser, mesmo, o amarelo!

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