ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

AO JEITO DE UM ANTICRISTO



Como se não bastassem os enormes problemas a Humanidade já enfrenta em consequência do modo de viver que escolheu e que, temem-no já alguns estudiosos, a colocam cada vez em maior perigo, outro não menor a ameaça agora, Kim Jong-un, o ditador de um pequeno país que sonha ser tão grande como os Estados Unidos na capacidade de destruir o mundo.
Em qualquer dos casos, o problema assumiu dimensões tais que a questão de o resolver começa a ser, se o não for já, um símbolo de impossibilidade, pois enquanto um vai tornando a vida mais difícil dia a dia, o outro pode destruí-la num de um instante para o outro!
E não me parece que, em lado algum, exista o bom senso de reconhecer os terríveis perigos que a Humanidade enfrenta nem o talento ou, talvez, nem sequer vontade de, para eles, encontrar solução.
Sempre considerei as acções definidas para defender o Ambiente como insuficientes para evitar o ponto sem retorno, até porventura já atingido, do descalabro que a vida não suportará.
Como se tanto disparate já não bastasse, como que do nada sai um Trump com a sua teoria da conspiração chinesa e decide, apesar de ser o seu país ser o maior poluidor de toda a Terra, romper com os tímidos acordos já alcançados!
Curioso é como, numa reunião do G20 consegue que os seus parceiros aceitem a sua decisão de utilização intensiva de combustíveis fósseis, em troca de um esforço maior para resolver os problemas que tal atitude criará!
Será de conceber tal disparate sem recordar a estúpida anedota do indivíduo que vai dando marteladas no seu dedo para gozar o alívio que sente nos intervalos?
Quase já desisti, por isso, de esperar que a questão ambiental que vai lançando a Humanidade num verdadeiro inferno cujos tormentos levarão os nossos filhos a maldizer-nos pela Terra que lhes legámos, seja levada a sério e que os valores da vida que estão em causa, alguma vez se sobreponham àqueles que a ambição e a inveja que alimentam o consumismo, tornam cada vez mais fortes.
Mas não sei se este perigo não será suplantado por outro que é um jogo de guerra que tem por consola a própria Terra, jogado por meninos que avaliam já os danos que podem causar um ao outro.
De um lado o inevitável Trump, do outro um imbecil que se julga um deus da guerra e faz ameaças constantes sem que se saiba o que, para além do endeusamento, deseja em troca.
Todos condenam a cavalgada norte-coreana, arrogante e perigosa, um problema que parece que, finalmente, todos começam a temer, sem saber como resolvêlo.
Trump ameaça com fogo e dor com a Terra nunca viu, Putin afirma que o recurso a sanções, sejam elas quais forem, será inútil e ineficaz, a China, o pai do monstro, aconselha o diálogo sem dizer qual será e o Conselho Permanente das Nações Unidas, a entidade que, supostamente, deveria garantir a paz na Terra, não sabe o que fazer.
Afinal qual será a solução de um conflito em que o objectivo do “menino traquina” é ser o maior de todo o mundo, ao jeito do anticristo de que fala a Bíblia? Fazer-lhe a vontade?
O mesmo poderia quase dizer de Trump que deseja que a América possua um poder nuclear tal que leve os outros a “ter juízo”!!!
Diz a tradição que não há dias sem três. Qual se seguirá?


Sem comentários:

Enviar um comentário