Enquanto o país sofre as agruras de uma dura austeridade que, por ora, não há como evitar, outros insistem na defesa de interesses e regalias que à maioria de nós foram vedados.
Tal como ninguém se cura depressa de doença grave, também nenhum país se recupera de uma situação de quase bancarrota com a rapidez que as dores sofridas para o conseguir fazem desejar.
Tanto se fala de equidade e tão pouco se entende que a maioria, a grande maioria que mais sente a austeridade não tem modo de escapar aos inconvenientes que lhe causam as greves que certos sectores podem facil e estrategicamente fazer.
Obviamente que, para além destes transtornos, a economia nacional se ressente com tais atitudes, tornando mais dura a austeridade a que as carências financeitas vão obrigar todos nós.
Depois dos transportes que parecem ter encalhado em sucessivas greves que causam transtornos imensos a quem deles se serve para se deslocar, são agora os trabalhadores portuários que decidem “ajudar” a fraca economia portuguesa com uma greve que mais a debilitará.
Enfraquecido o poder de compra da população, a correspondente queda da procura interna afetou muito a economia e apenas as exportações podem evitar uma recessão ainda maior, o que parecia estar a ser conseguido.
Porém, a crise fez decrescer as nossas exportações para o espaço europeu onde toda a economia abrandou. Restava o esforço de aumentar o que exportamos para outras partes de mundo e através dos portos marítimos se escoa em maioria.
O efeito da greve que vai ter lugar é óbvio e todos nós iremos sofrer os seus efeitos, quem sabe em qual medida ou se até um ponto que torne inúteis os esforços que vimos fazendo.
No Jornal de Notícias de hoje pode ler-se “O director-executivo da Associação dos Agentes de Navegação, Belmar da Costa, diz que a greve dos trabalhadores portuários, que decorre até sexta-feira, vai impedir a atracagem de 80 a 100 navios nos portos portugueses e causar prejuízos "inquantificáveis".
Quem quererá destruir a economia portuguesa?
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