ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A ESQUERDA DO BOTA ABAIXO

Diz a comunicação social que, no Parlamento, a esquerda se uniu contra o acordo laboral assinado, sobre isso dizendo as cobras e lagartos do costume, tal como “é mais um empurrão ao país para o desastre” e coisas parecidas que nunca explicam claramente. Não passam, por isso, de lugares comuns que nem sequer se modernizaram perante as mudanças que a realidade nos mostra.
É uma “oposição fácil” a da demagogia leviana e oportunista quando o governo toma as atitudes que este tem de tomar perante o desastre que uma certa esquerda provocou, a mesma que agora se associa à outra que é de extremos.
Mas não é desta oposição que diz mal sem outras explicações que não sejam as perdas de direitos que, digam-no as vezes que quiserem, a nossa debilidade financeira não pode manter, aquela de que o país precisa.
É de uma oposição consciente e participativa que o país necessita porque todos sabemos que só assim haverá a união que nos dará a força que nos fará vencer este mau momento que estamos a viver.
Ninguém pode repartir o que não tem, nem pode haver direitos intocáveis quando se não podem manter.
Há um velho ditado que sugere “em Roma sê romano” o que, nas circunstâncias em que nos encontramos, significa que não podemos querer remar contra a maré no mundo em que vivemos. Por isso não passam de miríficas as propostas de atitudes de rebeldia contra o modo como as coisas acontecem, contra o que nos é imposto como condição para o auxílio de que necessitamos.
Parece que não se aprende nada com a História e, por isso, se insiste em sistemas que nem os grandes “impérios” conseguiram fazer vingar.
Gostaria de saber, por exemplo, quem ou que percentagem dos habitantes da ex-República Democrática Alemã gostaria que fosse reconstruído o muro de Berlim, aquele que diziam que não pretendia evitar que os orientais fugissem para oeste mas sim para evitar que os ocidentais entrassem e se aproveitassem das regalias que o regime de leste proporcionava!
Só me resta lamentar que, apesar de tão evidentes disparates que são ditos, ainda persistam razões políticas e pessoais que se sobrepõem aos interesses de Portugal.
Quanto ao retrocesso de que Carvalho da Silva fala, eu apenas pergunto: quem, verificando que se enganou no caminho, inteligentemente não volta atrás?
É fácil arregimentar os milhares de desempregados que o socialismo irresponsável fez, sem lhes dizer que, sem as medidas que se impõe sejam tomadas, a crise se tornaria um caos.
A Grécia é a prova.

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