Há situações excecionais, tanto na vida das pessoas como na vida dos países que, pelas alterações de comportamentos a que obrigam, se podem considerar de emergência.
Um exemplo que se compreende bem é o de uma situação de guerra em que o esforço concertado e incondicional de todos é indispensável para salvar o país.
Mas de “guerra” é, também, a situação que se vive quando, seja a razão qual for, o país corre o risco de insolvência por não dispor de meios financeiros para honrar os seus compromissos ou até, simplesmente, fazer funcionar a sua economia.
E nem sequer podem restar dúvidas de que é esta a situação que Portugal terá de superar com sacrifícios que só a solidariedade entre todos poderá tornar suportáveis.
Não é fácil de tratar e até é perigosa a situação que vivemos e há exemplos que, pela sua gravidade, nos devem fazer pensar que os não desejamos seguir.
Mas não me parece que sejam de solidariedade algumas atitudes que incitam à revolta e outras que colocam interesses pessoais ou partidários acima dos coletivos, dos nacionais como as situações de emergência exigem. Igualmente não o são os argumentos capciosos com os quais se tenta mascarar uma realidade que é, simplesmente, de penúria.
Começa a instalar-se a discussão que dá razão ao dito que “casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”.
É evidente que a governação terá de ser criteriosamente controlada, o que, infelizmente, não aconteceu no passado. Mas tal não significa que a tenhamos de a julgar a destempo e, muito menos, assacar-lhe culpas que não tem.
Melhor seria entendermos a solidariedade como aquilo que é e como é indispensável em situações de emergência.
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